A farmacêutica norte-americana Pfizer encerrou suas atividades no Maranhão. O laboratório, que tem como principal produto no Brasil o Viagra, estimulante sexual, alega que o estado não é interessante economicamente para a indústria.
Com a saída da Pfizer do mercado maranhense a tendência é que os seus produtos deixem de ser receitados pelos médicos e em breve ficaram cada vez mais escassos nas prateleiras das farmácias locais.
De acordo com a legislação local, a Pfizer fica impedida de atuar no Maranhão pelos próximos 3 anos por ter encerrado suas atividades de forma inesperada.
A saída da Pfizer do Maranhão deve afetar diretamente até no medicamento mais conhecido do laboratório, o Viagra. O medicamento para disfunção erétil tem sido um dos medicamentos mais usados na história. Com mais de 1,8 bilhão de comprimidos vendidos no mundo. Ele foi receitado mais de 223 milhões de vezes para pelo menos 37 milhões de homens.
Em 2012, as vendas mundiais do Viagra com oito milhões de receitas renderam U$ 2 bilhões ao fabricante. O medicamento foi o sexto mais vendido no mundo. Entretanto, O líder no mercado brasileiro de medicamentos contra impotência sexual é o Cialis, da farmacêutica americana Eli Lilly, com 44% em faturamento e 40% em unidades. A alemã Bayer e a brasileira Cristália possuem também medicamentos nesta categoria. A Pfizer detém 35% do mercado em faturamento e 30% em unidades.
A partir de 2010, após a quebra de patente do comprimido azul, o Viagra passou a sofrer diretamente a concorrência da EMS, o maior laboratório de capital brasileiro, e da Eurofarma com o Dejavu, ambos mais baratos e com eficiência comprovada.
A estimativa da Pfizer era de que 70% das vendas do remédio de referência são perdidas quando as versões genéricas chegam ao mercado, e a empresa pretende capturar parte do crescimento esperado pelo mercado.
Sem representação no Maranhão, a tendência é que as vendas do Viagra caiam ainda mais, pois os médicos, principalmente, os mais novos que não conhecem o produto por não receberem amostras grátis passaram a receitar os concorrentes: mais baratos e com representantes batendo em suas portas para enchê-los de caixas de brinde.