O câncer que mais mata mulheres no mundo tem cura
Até o fim de 2018, devem surgir cerca de 2 mil novos casos de câncer de mama no Brasil; aproximadamente, 400 novos casos no Maranhão, a maioria, na capital, São Luís, de acordo com a estimativa do Inca – Instituto Nacional do Câncer. O dado alarmante faz pensar no quanto essa doença tem destruído vidas e famílias inteiras do redor do mundo. O câncer de mama, que atinge principalmente mulheres acima dos 40 anos, começa com um tumor na região mamária e atinge logo os ductos lactíferos e os lobos (pequenos lóbulos que formam uma rede de glândulas produtoras de leite). Esses tumores são denominados “carcinoma ductal ou lobular”. Cada tumor tem um tempo de desenvolvimento e intensidade diferentes, e também pode se concentrar apenas no local de origem ou se espalhar para as demais partes do corpo, o que os médicos chamam de metástase.
O diagnóstico é feito na maioria dos casos, por meio do exame de mamografia, que é de fundamental importância e deve ser realizado uma vez ao ano por todas as mulheres acima dos 40 anos, como explica a enfermeira Stelma Sodré Pontes, que coordena o curso de Enfermagem da Faculdade Estácio São Luís “É recomendável que mulheres com 40 anos em diante realizem a mamografia anualmente. O exame radiológico dos tecidos moles das mamas permite detectar o câncer precocemente, antes que ele seja palpável ou se manifeste através de outros sinais clínicos. A detecção precoce permite que o câncer de mama seja curável em cerca de 90% dos casos”.
A especialista afirma que a desinformação e o medo de realizar o exame ainda impedem o diagnóstico precoce da doença, por isso, entidades filantrópicas, hospitais e a mídia em geral têm realizado constantemente campanhas de conscientização e estímulo à realização do autoexame, onde a mulher pode apalpar a mama com o braço estendido acima da cabeça procurando algum tipo de nódulo ou alteração. Além do autoexame, a realização da mamografia não deve ser ignorada, uma vez que, é a forma mais eficaz de detectar a doença. O exame pode ser solicitado durante as consultas ao ginecologista e feito em clínicas que disponham de mamógrafos de qualidade.
Alguns nódulos demoram anos para se tornarem palpáveis, por isso, é importante estar atenta a qualquer alteração na mama, seja cor, textura da pele ou mamilo, irritação, secreção ou dor. Ao perceber algum sinal de anormalidade, deve-se imediatamente procurar um médico, ele solicitará a mamografia e exames complementares que apresentem um diagnóstico exato do problema, quanto antes a doença for detectada, mais rápido inicia-se o tratamento, como afirma a enfermeira e professora Stelma: “O câncer de mama identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro, apresenta prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura. As estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas da doença) e o rastreamento (aplicação de teste ou exame) em mulheres assintomáticas, aparentemente saudáveis, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhar as mulheres com resultados alterados para investigação e tratamento”.
Uma vez detectado o câncer de mama, o médico solicitará uma biópsia que identificará o estágio da doença e a melhor forma de combatê-la. Os tratamentos podem ser feitos a partir de quimioterapia, radioterapia ou ainda de cirurgia, onde o especialista avalia a necessidade de retirar ou não toda a mama, processo conhecido como mastectomia. A mulher deve estar atenta a qualquer sinal de mudança na mama e procurar um médico assim que perceber algo fora do comum.