O deputado estadual Othelino Neto (PPS) destacou, em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (25), discurso do senador do PMDB, Pedro Simon, que fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff por conta da tentativa de evitar, através de um projeto de lei que apressadamente vai passando pelo Congresso Nacional, a criação de novos partidos.
Segundo Othelino, o intuito específico é atender aos objetivos eleitorais, ou melhor, eleitoreiros do projeto de perpetuação do poder do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, comandado pelo próprio ex-sindicalista, cuja beneficiária agora está sendo a presidenta Dilma.
“Trata-se de um atentado contra a democracia. Quem tem que fazer a depuração se o partido A, B ou C deve ter mais força e mais representações nos parlamentos é a sociedade. Não é uma lei casuísta como essa que o governo federal, em especial o PT e o PMDB, quer criar que vai preservar a democracia”, disparou o deputado.
Primeiro sinal – Para Othelino Neto, esse é o primeiro sinal concreto de que a presidente Dilma começa a temer pela sua reeleição, pois vê candidaturas viáveis surgindo como alternativas àquela dicotomia entre PT e PSDB. Segundo o deputado, agora há as candidaturas da ex-ministra Marina Silva, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que, se somando ao senador Aécio Neves, formariam um time de peso que, provavelmente, levaria a eleição ao segundo turno.
O senador Pedro Simon fez a denúncia e inclusive comparou a presidente Dilma ao general Geisel, autor do famoso “Pacote de Abril” que restringiu os partidos políticos no Brasil. Durante o pronunciamento na tribuna, ele foi aparteado pelo ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos. “É bom saber que no Senado e no PMDB há políticos, senadores que respeitam a sua história, que respeitam este país e que respeitam a democracia no Brasil”, ressaltou Othelino.
Segundo o deputado, o novo partido que surge e que tanto incomoda o projeto de perpetuação de poder no PT, o MD, vem de uma fusão do PPS com o PMN e realmente assustou os comandantes da República, porque é uma sigla que, só no surgimento, contará com 13 deputados federais e tem a perspectiva de chegar a 30 parlamentares, ou seja, terá uma importância decisiva nas eleições de 2014.