Operação de guerra para prender um dos chefes do Comando Vermelho nos prédios inacabados do PAC Rio Anil, conhecida como Vila Nóia

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A operação foi deflagrada após anos de denúncias dos moradores do bairro.

Mais de 800 policiais militares e civis foram mobilizados na manhã desta quinta-feira para prender um dos chefes do Comando Vermelho na Região, nos prédios inacabados do PAC Rio Anil, próximo ao Torres do Sol, no Bequimão, conhecida como Vila Nóia. Na operação, iniciada às 6h, policiais usaram um helicóptero para dar apoio aéreo para que os oficiais de justiça e os polícias invadirem os imóveis. Não houve resistência por parte dos ocupantes. Apenas uma pessoa, identificada como Luan Alexandre Silva, foi detido por estar armado com uma pistola. Ele é suspeito de ser um dos chefes de uma facção criminosa.

O blog informa que a ação durou cerca 40 minutos. Cercados pelo alto e por baixo, Luan logo foi preso. Todos os imóveis foram revistados em busca de armas e drogas antes que fossem desocupados pelos invasores. O coronel da PM, Luongo, que participou da operação revelou que uma grande quantidade de drogas e armas foram apreendidas. “Durante a revista nos apartamentos encontramos muita droga e armar”, confirmou.


Luan, um dos chefes do Comando Vermelho na região, foi preso com uma pistola

Um morador da região que não quis se identificar, disse que depois da ocupação o números furtos e roubos aumentou muito nos bairros ao redor da ocupação. “Conheço gente até tentando se mudar daqui, porque não aguenta mais a quantidade de assaltos. O trafego de drogas também cresceu muito aqui na região. Já houve até assassinato aqui nesta área”, revelou.

Os prédios fazem parte do PAC Rio Anil, o Programa de Aceleração em Crescimento. As obras, parceria do Governo Federal com a Prefeitura de São Luís, foram iniciadas em 2010, seis anos após serem anunciadas. Desde a paralisação do Programa, o ponto é utilizado para tráfico de drogas pelo Comando Vermelho.
Agora, a operação, que conta com apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além dos 80 Delegados mobilizados, segue em fase policial. “Estão sendo feitas perícias, porque lá tudo é clandestino, água e luz. Isso vai constar no inquérito policial”, relatou o Delegado Armando Pacheco.
A operação utilizou mais de 800 policiais militares e civis

A operação foi deflagrada após anos de denúncias dos moradores do bairro. De acordo com o Superintendente da Polícia Civil, Delegado Armando Pacheco, populares relatavam que eram praticados roubos e tentativas de estupro, e os criminosos corriam em direção ao condomínio inacabado.

Uma moradora que não quis se identificar, e mora há 30 anos no Bequimão, relatou que o bairro sempre foi tranquilo, mas, desde a ocupação dos prédios inacabados, o clima é de muita insegurança e os assaltos são constantes. “A gente espera que melhore depois da operação. Eu tenho medo de andar aqui embaixo sozinha, só ando com o meu marido”, contou.

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