Rodoviários estão em greve por tempo indeterminado
A Ilha de São Luís amanheceu, nesta segunda-feira (17), sem ônibus por causa da greve de mais uma greve de trabalhadores rodoviários, anunciada desde a semana passada. Milhares de usuários do transporte público aguardam em vão os coletivos nas paradas, enquanto outros meios de locomoção, como táxis, mototáxis, carros e motocicletas de aplicativos, vans e até veículos clandestinos tentam suprir a demanda, muitas vezes cobrando preços bem acima da tarifa praticada nas catracas, que é de R$ 4,20 (quatro reais e vinte centavos).
Enquanto persiste o impasse entre trabalhadores rodoviários e empresários do setor, a população é penalizada pela paralisação. Sem ônibus, os transtornos atingem não apenas os usuários. O prejuízo atinge todos os segmentos da sociedade, inclusive a economia, pois a falta de mobilidade da população compromete o consumo de bens e serviço.
O impactos econômicos, a paralisação do transporte público favorece o caos, pois a busca desesperada por outras opções de locomoção dá margem a violações, conflitos e até mesmo à insegurança.
Sem acordo
Terminou sem acordo a audiência de conciliação conduzida na última sexta-feira (14/2) pelo Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão (STTREMA), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), a Prefeitura de São Luís, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) e a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).
A audiência foi conduzida pelo desembargador relator Luiz Cosmo da Silva Júnior com a participação de procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Maranhão, Maurício Pessoa Lima.
Decisão judicial
Sem nenhum acordo após sucessivas rodadas de negociações, o Sindicado dos Rodoviários manteve o indicativo de greve do transporte público coletivo de São Luís e região metropolitana para esta segunda-feira (17). Contudo, a categoria deveria respeitar a decisão da liminar da Justiça do Trabalho, que determina a circulação de 80% da frota de ônibus. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária no valor de R$ 100 mil.