Por meio das suas redes sociais, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), reagiu com firmeza à greve do transporte público, iniciada nesta segunda-feira (17), que atinge toda a Grande Ilha e culpou os empresários de transporte público.
Braide disse que a greve não é dos rodoviários, mas sim dos empresários e disse que jamais aceitará o aumento do valor da passagem para R$7,00 como sugere o SET (Sindicato das Empresas de Transporte).
O prefeito ainda assegurou que não permitirá que a greve prejudique a população e encaminhou para a Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza a Prefeitura de São Luís a pagar corridas por aplicativo para a população, enquanto os ônibus não voltarem a rodar.
“Vamos usar o dinheiro que iria para os empresários esse ano para pagar o seu transporte, enquanto durar a greve”, afirmou.
O projeto de lei encaminhado para a Câmara de Vereadores também autoriza a abertura de um novo processo de licitação do sistema de transporte público, para substituição das empresas de ônibus.
“Juntos, vamos fazer com que São Luís nunca mais seja refém, dos empresários de ônibus”, disse Braide.
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A cidade, que cresceu e se modernizou em diversos aspectos, ainda mantém um sistema de transporte público arcaico e centralizado, operado majoritariamente por empresas ligadas ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET). Essa concentração de poder nas mãos de poucos grupos empresariais faz com que a população fique refém de decisões que impactam diretamente seu dia a dia, como as constantes paralisações.
A falta de diversificação dos modais de transporte em São Luís é um problema crônico. Enquanto outras capitais brasileiras investem em metrôs, BRTs (Bus Rapid Transit), ciclovias e integração de sistemas, a capital maranhense segue estagnada, sem alternativas viáveis para os cidadãos. As greves, que se repetem ao longo dos anos, são um alerta claro: São Luís precisa se modernizar e romper com a dependência de um sistema que já se mostra insuficiente e frágil.
A Prefeitura de São Luís, historicamente, tem falhado em implementar políticas públicas que diversifiquem e ampliem as opções de mobilidade urbana. A falta de investimentos em modais alternativos, como o transporte sobre trilhos ou sistemas de transporte coletivo não poluentes, mantém a cidade presa a um modelo ultrapassado e ineficiente.about:blank
O prefeito Eduardo Braide derrama rios de dinheiro para o SET, sabendo que no próximo ano, as empresas vão alegar que estão no prejuízo, provocando mais uma greve, mas mesmo afirmando que tem prejuízo, não larga o osso.
Enquanto isso, a população sofre. Nesta segunda-feira, milhares de pessoas foram impactadas pela greve, sem opções para se deslocar. A dependência do transporte rodoviário, somada à falta de planejamento urbano, revela a urgência de uma mudança estrutural.
O Sindicato dos Rodoviários de São Luís desrespeitou uma decisão judicial do desembargador federal do trabalho, Luiz Cosmo da Silva Júnior, que determinava a circulação de 80% da frota durante a greve. Mesmo com a imposição de uma multa de R$ 100 por dia pelo descumprimento, o sindicato manteve a grande Ilha sem transporte público, prejudicando mais uma vez os moradores de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Essa postura do sindicato, que desconsidera frequentemente as ordens judiciais e segue com suas paralisações totais, já se tornou uma constante. Em quase todas as greves, a entidade ignora decisões da Justiça, que impõem multa diária para garantir o funcionamento do serviço essencial.