Serrano do Maranhão, onde, segundo o IBGE, há 3.953 casas, mas o Ministério do Desenvolvimento Social aponta 5.041 famílias cadastradas no programa — um índice de 127,5% em relação ao total de domicílios
Um levantamento com dados públicos de janeiro de 2025 aponta que dez cidades brasileiras possuem mais beneficiários do Bolsa Família do que domicílios registrados. Especialistas indicam que há indícios de concessão indevida do benefício, já que as regras do programa social determinam que apenas um responsável por família pode ser titular do auxílio.
O caso mais alarmante ocorre em Serrano do Maranhão, onde, segundo o IBGE, há 3.953 casas, mas o Ministério do Desenvolvimento Social aponta 5.041 famílias cadastradas no programa — um índice de 127,5% em relação ao total de domicílios. A prefeita Val Cunha (PL) alega que o número de residências foi subestimado no Censo de 2022 e aponta falhas na contagem, citando povoados como Santa Filomena e Boa Esperança, que teriam sido erroneamente alocados em municípios vizinhos. No entanto, o IBGE afirmou que suas equipes visitaram essas áreas e mantêm os dados oficiais.
Além de Serrano do Maranhão, outras cidades do estado, como Cachoeira Grande e Pedro do Rosário, também apresentam discrepâncias similares. A situação reforça a percepção de que as medidas de auditoria anunciadas pelo governo federal há dois anos para coibir fraudes no programa não têm sido eficazes.
Fonte: Poder 380