Janja aumenta os salários de duas de suas assesoras

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na segunda-feira (13) um reajuste salarial para duas assessoras da primeira-dama, Janja. A decisão, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada no Diário Oficial da União.

Responsável pela gestão das redes sociais de Janja desde 2024, a jornalista Taynara Pretto teve seu cargo alterado de código 2.13, com salário bruto de pouco mais de R$ 11 mil, para a função de código 2.15, com vencimentos aproximados de R$ 15 mil.

A advogada Tchenna Maso, especializada em direitos humanos e integrante do governo desde 2024, também recebeu um aumento. Ela foi promovida de um cargo de código 2.15, com remuneração de quase R$ 15 mil, para uma função de código 2.17, com vencimentos superiores a R$ 18 mil.

O gabinete da primeira-dama Janja não existe oficialmente como uma estrutura do governo, mas 8 pessoas trabalham diariamente com a socióloga. Fazem sua assessoria e a acompanham em viagens. Quase todos ficam lotados no gabinete pessoal do presidente Lula. A equipe custou, em média, R$ 1,9 milhão por ano em 2023 e em 2024. Os valores são aproximados. O levantamento do Poder360 com dados do Portal da Transparência consultou os salários brutos de todos os funcionários de Janja e os gastos do governo com as viagens oficiais da primeira-dama e de sua equipe.

A primeira-dama tem sido, ao longo da história, uma figura associada a diversas características, que vão desde a elegância até a atuação em causas sociais. Figuras como Sarah Kubitschek, Maria Thereza Goulart e Marcela Temer são lembradas por sua presença e estilo, sendo frequentemente comparadas a ícones de moda de suas respectivas épocas. Já Darcy Vargas, Ruth Cardoso e Michelle Bolsonaro se destacaram pelo trabalho em áreas sociais, como a coordenação da Legião Brasileira de Assistência, entre 1942 e 1995, e iniciativas como Pátria Voluntária e Brasil Acolhedor, lideradas por Michelle durante o governo de Jair Bolsonaro.

No entanto, Janja Lula da Silva (PT), atual primeira-dama, se distancia desse padrão. Ao contrário das figuras históricas que marcaram a posição com suas ações ou estilo, Janja é vista como uma “antiprimeira-dama”. Sua falta de elegância, a ausência de programas sociais de grande destaque e uma sequência de gafes públicas tornaram sua figura alvo de críticas, com algumas observações destacando a magnitude de seus deslizes como algo “nunca antes visto na história deste país”.

Um bom exemplo é o ‘Janjapalooza’, festival que ficou batizado dado a propaganda feita pela primeira-dama Janja da Silva, custou até R$ 83,45 milhões a empresas estatais brasileiras, segundo revelou o Estadão. A realização da cúpula do G20 e do ‘Janjapalooza’, festival que ficou batizado dado a propaganda feita pela primeira-dama Janja da Silva, custou até R$ 83,45 milhões a empresas estatais brasileiras, segundo revelou o Estadão.

A estatal Itaipu Binacional pagou 15 milhões de reais para a reunião da Cúpula do G-20 Social e eventos paralelos, como o festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. E quem arca com essas contas todas são os brasileiros que pagam suas contas de luz.

Janja, aliás, foi funcionária da empresa entre 2005 e 2020. A socióloga, que tinha um salário de R$ 20.000, saiu da empresa depois que o então chefe da empresa durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) acabou com o escritório na cidade.

Para tentar controlar os gastos desnecessários da primeira-dama, o deputado estadual de São Paulo Guto Zacarias (União Brasil) criou uma plataforma para monitorar os gastos daJanja. Deu o nome de “Janjômetro”. As postagens são sugeridas por leitores com base em reportagens de veículos de comunicação. Segundo a plataforma, criada em 28 de novembro, Janja já gastou R$ 63.036.916,95 dos cofres públicos, majoritariamente em viagens. Segundo o deputado, os dados constam no DOU (Diário Oficial da União) e no Portal da Transparência.

Em entrevista de 1972, a ex-primeira-dama Sarah Kubitschek já alertava para o papel crucial que a esposa de um presidente desempenha, dizendo que “a mulher de um presidente vive num aquário, exposta a tudo”. Para Kubitschek, a contenção em palavras e gestos era essencial, pois qualquer erro poderia gerar repercussões significativas. A atual primeira-dama parece, no entanto, seguir um caminho bem distinto de seus antecessores.

Fonte: Poder 360

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