Presidente quer que a exposição mostre o período em que cada chefe governou; o pedido se deu em visita às obras do 8 de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta 5ª feira (9.jan.2025) as obras que foram restauradas depois de terem sido destruídas nos atos extremistas de 8 de Janeiro. As peças estão expostas no térreo do Palácio do Planalto.
O chefe do Executivo pareceu não gostar da parede com a foto de todos os outros presidentes do Brasil, que também fica no térreo do prédio. Pediu para ser feita uma alteração: em vez da data de nascimento e morte, quer que mostre a data que cada chefe tomou posse.
“As pessoas querem saber em que período que ele governou, quando ele governou. Você tem que dizer aqui como é que foram eleitas as pessoas, para a história registrar, cara. Senão, a história não registra”, disse.
O petista pede que os quadros “contem a história”. Quer que, quando visitantes virem a galera, “saibam o que aconteceu com cada um”.
Como contexto, falou que Dilma sofreu um impeachment por um golpe. “Esse aqui tomou posse em função do impeachment da Dilma”, disse apontando para o quadro de Michel Temer. Aproveitou, ainda, para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Esse aqui [Jair Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras”, afirmou.
Lula estava acompanhado de sua mulher, a primeira-dama Janja Lula da Silva. Ela afirmou que serão incluídos QR codes com mais informações sobre os ex-presidentes.
Na presença de inúmeros jornalistas, o presidente não fez questão nenhuma de esconder o pedido que fez um dos seus assessores. Sem o menor pudor, Lula anunciou abertamente um crime que planeja cometer dentro do Palácio do Planalto
“Eu quero que conta a história. Conta a história. Aqui uma (Dilma Rousseff) foi eleita, foi eleita, depois as outras vítimas não foram eleitas. Depois essa aqui (Bolsonaro não foi eleito, essa aqui foi eleito em função das mentiras”, disse Lula.
Para começo de conversa, Lula insiste em chamar de golpe o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que seguiu todos os passos previstos na Constituição Federal, exceto pelo fato de que Dilma não perdeu seus direitos políticos, como deveria ter perdido.
O próprio STF, cujos ministros falam tanto hoje em ataques às instituições democráticas, legitimou o processo e atestou a constitucionalidade do rito que foi seguido na Câmara e no Senado.
Ao chamar de golpe, portanto, Lula está atacando o Supremo Tribunal Federal, o Senado e a Câmara. Só que quando as falas são vindas dele, os atuais ministros do Supremo não vêem como ataque.
Enfim, o fato é que, além dos ataques às instituições que realizaram o processo de impeachment de Dilma, além do ataque feito ao presidente eleito em 2018, além da tentativa de reescrever a história de acordo com o seu ponto de vista, suas narrativas, Lula está planejando cometer um crime.
Ele estava pedindo para o seu assessor para que constasse nessa galeria no Palácio do Planalto algumas informações relacionadas a cada um dos presidentes. Só que as informações que Lula pediu para que fossem inseridas correspondem à sua versão dos fatos, à sua narrativa.
Ao fazer isso, Lula está planejando violar o princípio da impessoalidade previsto no artigo 37 da Constituição Federal, pois está tentando submeter o Estado aos seus interesses pessoais, já que a galeria que a galeria em questão pertence ao Estado.
No entanto, de acordo com a legislação brasileira, o que Lula fez até agora não é passivo de punição, pois ninguém pode ser responsabilizado por planejamento no Brasil. Seria necessário que as alterações fossem feitas na galeria fossem feitas para que o crime fosse cometido. Isso de acordo com a legislação.
Fonte: Poder 360