Imperatriz respira o peso e a paixão do heavy metal. Enquanto muitos veem na cidade apenas o calor e a agitação de uma metrópole em expansão, há um outro tipo de fogo que arde por aqui: o da música pesada.
E não é de hoje. Por mais de duas décadas, a banda Mortos tem carregado a tocha desse gênero que ecoa guitarras potentes, baterias ensurdecedoras e letras profundas. Graças ao esforço incansável desses guerreiros do metal, a cidade tornou-se um destino para fãs de música extrema, atraindo nomes de renome internacional.
Nesta terça-feira, 10, o palco do Celebrare Eventos será tomado pela força avassaladora do Festival Nightmare. Quatro bandas se revezarão para trazer o melhor do metal em uma noite que promete ficar na memória dos headbangers da região. Além da anfitriã Mortos, que há tempos se consolida como um dos grandes nomes da cena local, o festival trará a brutalidade do Nervochaos, diretamente de São Paulo, e nomes internacionais de peso: os noruegueses do Aeternus, mestres do black/death metal, e os paraguaios doWisdom, com sua pegada melódica, intensa e cheia de energia.
O heavy metal, tantas vezes incompreendido, é mais que som. É cultura, é identidade, é uma resistência que não se curva ao passageiro. Em Imperatriz, a presença de bandas como Mortos prova que o metal é uma força viva, pulsante, que conecta diferentes gerações em torno de uma paixão comum. Quantos festivais como esse não começaram com um grupo de amigos sonhando grande, sem recursos, mas com o coração cheio de vontade?
Enquanto alguns podem torcer o nariz para o metal, considerando-o barulho incompreensível, quem vive a cena sabe que há ali uma poesia crua. É arte que fala da escuridão para iluminar. É força e catarse. É a prova de que, em meio ao caos do mundo, sempre haverá quem escolha a guitarra como espada e a música como escudo.
Seja na pista ou no palco, quem estiver ali será testemunha de um ritual quase sagrado. O ingresso pode custar R$50 antecipado ou R$70 na hora, mas a experiência será impagável.
Afinal, não é todo dia que Imperatriz se transforma em um epicentro internacional do metal, unindo o peso do Brasil, da Noruega e do Paraguai em uma noite única.
Para aqueles que ainda não se renderam ao heavy metal, esta é a oportunidade perfeita para entender o que torna esse gênero tão vibrante e indispensável. Não se trata apenas de música; trata-se de pertencimento.
Então, afiem suas baquetas imaginárias e preparem os cabelos para o headbang. Porque nesta terça, o peso não será apenas das guitarras. Será da paixão que move uma cidade inteira.