“Quer acrescentar salada?”, pergunta o atendente. “Sim, alface e tomate”. É como se no nosso imaginário houvesse apenas essa combinação de folha e fruta (sim, tomate é fruta) que a natureza proporciona. Segundo o nutricionista do Grupo Mateus, Igor Marinho, essa prática pode deixar de lado uma gama de folhagens que trazem inúmeros benefícios à saúde.
“A maioria das pessoas não dá a si próprias a oportunidade de acrescentar outras folhas como espinafre, chicória, agrião, rúcula, almeirão, acelga e escarola”, afirma Marinho. “Essas folhagens são ricas em nutrientes essenciais para a nossa alimentação e ajudam na prevenção de diversas doenças.”
Divididas entre folhas de cores claras e escuras, cada uma delas apresenta especificidades nutricionais. “Não existe uma folhagem melhor que a outra”, pontua o nutricionista. “A diferença está na composição nutricional, mas todas compartilham propriedades como fibras, antioxidantes, ferro, zinco, magnésio, fósforo, potássio e vitaminas A, K e do complexo B.”
Para potencializar os benefícios, Marinho recomenda o consumo de até duas variedades de folhas por dia, alternando entre as claras e as escuras. “Essa variação aumenta a biodisponibilidade das fibras nas saladas”, explica.
Os benefícios das folhas não param por aí. Na era das dietas “detox”, alimentos como a couve ganharam notoriedade. “Você já ouviu falar de algum suco detox sem couve?”, brinca o nutri, ao destacar que essa folha é a base de muitos sucos antioxidantes. “Essas folhagens são ricas em antioxidantes e fibras, atuando como uma ‘varredura’ no organismo, eliminando toxinas e equilibrando a glicose e a gordura corporal.”
Além disso, o nutricionista reforça que esses vegetais são baixos em calorias, o que os torna uma excelente escolha para quem busca uma alimentação equilibrada. Contudo, ele alerta que as folhagens devem ser apenas uma parte de um plano alimentar completo. “O ideal é manter uma alimentação saudável em geral, fazendo com que as folhagens sejam apenas um pilar desse processo”, finaliza.