Crescimento do número de solteiros no país impulsiona venda de produtos individuais no varejo

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Porções menores atendem a um público crescente de pessoas que moram sozinhas

“Garçom, mesa para um”! As estatísticas apontam que o pedido não é assim tão fora do comum. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , o Brasil conta com 81 milhões de solteiros, superando os 63 milhões de casados. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) também revelam que a opção por morar sozinho é uma realidade cada vez maior no Brasil. O assunto também é tendência lá fora: uma pesquisa realizada pela Euromonitor Internacional prevê que o número de residências com um único morador deve crescer, chegando a 120 milhões em todo o mundo – um aumento de cerca de 30% até o ano de 2030. 

Com o crescimento do número de solteiros e a opção por um estilo de vida individualizado e uma vida urbana cada vez mais atribulada, aumenta também a demanda por produtos voltados para solteiros – uma tendência que já é conhecida como mercado “single” (solteiro, em inglês) e que designa justamente os produtos que vêm em porções menores ou individuais, de fácil preparo ou adequadas para o consumo imediato. Frutas já cortadas e embaladas em porções individuais, saladas prontas e bebidas em embalagens menores que as tradicionais estão entre os exemplos de produtos disponíveis nesse segmento de mercado. 

“Aqui, nós temos diversas opções porcionadas individualmente, como frutas já cortadas, saladas já embaladas e prontas para consumo. Também trabalhamos, por exemplo, com porções de massas frescas individuais e bebidas de dose única, como sucos e chás, entre outros itens”, enumera a gerente comercial do Spazio Mateus, Raquel Aciole. 

A praticidade é outro aspecto importante na agenda dos solteiros e pode ser determinante até mesmo para as famílias. “Esse tipo de embalagem permite também diferentes opções de consumo no caso de lares com várias pessoas. A vantagem é que cada pessoa pode escolher o que deseja consumir”, explica. 

PERSONALIZADO

Para quem mora sozinho, como o professor Flávio Silva, 47, porções individuais evitam também ter que lidar com o desperdício. Trabalhando fora o dia inteiro, Flávio conta que se acostumou a jogar fora, semanalmente, frutas ou verduras que estragavam antes que ele tivesse tempo de consumir. 

Hoje, ele defende as porções individuais. “Costumo comprar só a quantidade que vou consumir, já cortada e embalada. Antes eu confesso que até evitava comprar produtos naturais por medo de que se estragassem, mas comprando uma porção individual consigo variar mais a comida e até me alimentar de maneira mais saudável”, comemora. 

Raquel frisa que o formato atende a um segmento de consumidores que busca praticidade, variedade e controle na sua alimentação. “Oferecer produtos que se alinham às necessidades desse público não só tem impacto nas vendas, como também fideliza esse tipo de cliente e representa inclusive um investimento em soluções sustentáveis”, finaliza Raquel. Ponto para o time dos solteiros. 

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