Defensores recebem títulos da Academia de Letras Jurídicas pela relevância de concurso realizado com mulheres privadas de liberdade

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O trabalho de ressocialização realizado pela Defensoria Pública do Maranhão (DPE/MA) rendeu homenagens nesta quarta-feira (26). O defensor-geral do Estado, Gabriel Furtado, a diretora da Escola Superior da DPE, Elainne Barros, e a defensora do Núcleo de Execução Penal (NEP), Julyana Patrício, foram agraciados com o Título de Membros Beneméritos da Academia Maranhense de Letras Jurídicas (AMLJ) pelas atividades educativas realizadas em unidades prisionais.

“Fico muito grato por esta homenagem ser um reflexo positivo das ações de ressocialização e humanização da educação em unidades prisionais. Isto mostra que estamos no caminho certo, e nos enche de orgulho por ver a vida destas mulheres transformadas através da escrita”, salientou Gabriel Furtado.

A honraria entregue pelo presidente da AMLJ, Júlio Moreira Gomes e pelo diretor-secretário, Sérgio Tamer, durante solenidade na sede da DPE/MA, ocorreu pela relevância do Concurso Literário em alusão ao Bicentenário do poeta Gonçalves Dias. A competição integrou as ações do projeto ‘Escrita que Liberta – Reescrevendo o Futuro’ da Defensoria, e foi realizada em parceria com a Academia de Letras Jurídicas, o Centro Universitário UNDB e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

“Nada mais justo o reconhecimento de uma iniciativa inovadora, que inclusive está sendo copiada fora do estado. Só reafirma a importância do fortalecimento de parcerias que incentivem estas cidadãs a voltarem ao convívio social”, frisou Júlio Gomes.

O concurso realizado em 2023, com direito a premiação, fomentou a produção da escrita de internas do sistema prisional do Maranhão, com foco na cultura e no gênero literário, contribuindo para a reinserção social destas mulheres. Os poemas escritos em forma manuscrita, abordaram o tema “Justiça” e suas correlações em alusão à vida e legado do poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo maranhense Gonçalves Dias.

“Para nós esta comenda é uma honra, que compartilhamos com todas as meninas que fizeram desse sonho uma realidade”, destacou Julyana Patrício. “O título de membro benemérito é um reconhecimento ao trabalho da Defensoria, por meio da Escola Superior e de seus núcleos, no objetivo institucional de levar educação em direitos para segmentos vulnerabilizados”, concluiu Elainne Barros.

Sobre o Escrita que Liberta

O projeto realizado por meio do Núcleo de Execução Penal da DPE/MA objetiva promover a formação de mulheres privadas de liberdade, por meio de práticas sociais educativas não-escolares. A partir das próprias vivências e experiências no contexto prisional e fora dele, as internas são estimuladas a desenvolver habilidades de escrita, como forma de resgate da autoestima, redução de danos, ressocialização, acesso ao meio aberto, melhoria da saúde mental e do relacionamento interpessoal, além da superação de traumas e estigmas.

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