Maio Amarelo: acidentes de trânsito trazem também prejuízos psicológicos

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Apoio emocional é essencial para a recuperação das vítimas

Engana-se quem pensa que os acidentes de trânsito trazem apenas prejuízos materiais e físicos. Considerados uma sequela invisível, os impactos psicológicos dessas ocorrências podem persistir por um tempo até maior que os outros tipos de prejuízo. Durante todo este mês, a campanha “Maio Amarelo” reforçou a conscientização sobre a segurança no trânsito. 

O professor do curso de Psicologia da Facimp Wyden, Roneldo Moura, explicou que quem sofreu acidentes de trânsito pode passar por sentimentos de culpa, raiva, medo, ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que são mais intensos ainda no caso das famílias que perderam entes queridos. “Esses sentimentos são intensos e duradouros, afetando profundamente a saúde mental e a qualidade de vida”, afirma o docente. 

O professor explica ainda que o impacto na saúde mental geralmente é o mesmo, tanto para a vítima quanto para a pessoa considerada culpada pelo acidente. “Eles também lidam com a culpa e o estigma social, o que muitas vezes leva a um sofrimento emocional prolongado e dificuldades em manter uma vida normal”, explica. 

SUPERAÇÃO

O apoio psicológico é crucial tanto para as vítimas quanto para os motoristas. “Sessões com psicólogos especializados ajudam a processar o trauma, oferecendo escuta qualificada, estratégias de enfrentamento e apoio emocional”, explica o professor.

Você esteve envolvido em algum acidente de trânsito recentemente? Confira abaixo três dicas para ajudar a superar o trauma.

1. Busque apoio especializado: procure um um psicólogo ou psiquiatra, especialmente se você sentir que está com dificuldade de processar emoções complexas como medo, ansiedade ou estresse. 

2. Converse sobre o assunto: desabafar é o melhor remédio! Falar sobre o ocorrido com amigos, familiares ou em grupos de apoio pode ajudar a aliviar o peso emocional e entender seus próprios sentimentos. 

3. Respeite o seu próprio tempo: retome as atividades cotidianas de forma gradual, respeitando o seu próprio tempo e sem se pressionar para voltar à normalidade. Caso dirigir novamente represente um desafio, comece com pequenas distâncias e, se necessário, peça a companhia de alguém de confiança para quando você estiver ao volante. 

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