Quem sentiu aquela sensação incômoda de dor na cabeça? Essa condição, embora comum, muitas vezes é subestimada. Cefaleia é o termo médico empregado para descrever a famosa “dor de cabeça”. No entanto, essa sensação pode variar em intensidade, duração e sintomas adicionais, como náuseas, sensibilidade à luz e aos odores, entre outros.
Saulo Teixeira, é neurocirurgião do Instituto de Educação Médica (IDOMED), e esclarece alguns pontos cruciais sobre o assunto:
“A cefaleia pode se manifestar de diversas formas, desde uma enxaqueca simples até dores excruciantes como as causadas pela neuralgia do trigêmeo. É importante compreender que a dor de cabeça pode ser não apenas uma sensação incômoda e passageira, mas em alguns casos, um alerta para outras condições médicas que precisam ser investigadas
.”O especialista destaca que existem mais de uma centena de tipos de cefaleia, cada um com suas características específicas. Entre os mais comuns, estão a cefaleia tensional, a enxaqueca ou migrânea e a cefaleia cervicogênica:
“A cefaleia tensional, por exemplo, é frequentemente desencadeada por estresse ou tensão muscular excessiva, afetando a vida diária do paciente. A enxaqueca é uma dor que ocorre em crises, com intolerância à luz e ao movimento e com componente genético. Por fim, a cefaleia cervicogênica origina-se do pescoço e pode se estender até a parte frontal da cabeça”, esclarece Teixeira.
Quanto ao tratamento, Teixeira ressalta a importância de um diagnóstico preciso e individualizado. “O tratamento da cefaleia varia conforme o tipo e a gravidade dos sintomas. Em alguns casos, medidas simples como mudanças na rotina e analgésicos podem ser suficientes. Por outro lado, em casos mais complexos, intervenções como o bloqueio de nervos podem ser necessárias”, explica.
Hoje existem formas intervencionistas de manejar cefaleias, como os bloqueios occipitais e o uso da toxina botulínica. “Algumas dores na cabeça e na face, como a neuralgia do trigêmeo, podem ser completamente resolvidas com tratamentos cirúrgicos bastante seguros”, acrescenta.
O especialista reforça ainda a importância de buscar a orientação de um especialista para o diagnóstico e tratamento adequados da cefaleia. “Cada paciente é único, e um plano de tratamento personalizado é essencial para melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto dessa condição”, finaliza o neurocirurgião.