Fantasma em sala de aula: abril é o mês de combate ao bullying nas escolas

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Tudo começa com um apelido para chamar a atenção da turma e ser engraçado. Todo mundo ri, exceto a vítima, que fica com vergonha. E não para por aí: depois de ouvir todos os dias a mesma palavra que incomoda, acabam vindo os xingamentos, insultos e até mesmo empurrões e socos. Hoje em dia, é bem difícil encontrar crianças e adolescentes em idade escolar que não conheçam a palavra bullying, seja porque praticam pensando que é só uma “zoeira”, ou porque sofrem com o problema. 

A palavrinha pode até ser em inglês, mas tem data para ser lembrada aqui no Brasil: abril é o mês de combate ao bullying e à violência nas escolas. E por trás das perseguições, ameaças e discriminações, existem muitos sinais de que os pequenos podem estar sendo vítimas. “Isolamento social, mudança de humor, a recusa para ir para a escola ou participar de eventos escolares são alguns sinais para se prestar atenção. Algumas crianças podem também se  mostrar mais irritadas, chorar com mais facilidade ou apegar-se a uma pessoa como proteção”, explica a professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Yram Miranda.

O bullying atrapalha desde o sono até o desempenho em sala de aula. Então, os pais e a escola precisam ter atenção para ajudar na hora certa. A professora orienta que algumas medidas devem ser o foco para combater essa prática. “Criar um ambiente seguro é essencial, assim como promover campanhas de conscientização, elaborar projetos e atividades com toda a comunidade escolar, qualificar os profissionais com informações de alerta aos sinais e oferecer um espaço aberto e acessível para comunicação com respeito às diferenças são estratégias importantes nessa luta”, afirma a psicóloga.

Outro alerta sobre o bullying é que não dá para acolher só quem sofre, mas faz toda a diferença identificar, conversar e orientar quem está praticando. “Um problema em casa e questões familiares que não se resolvem podem ser a origem do comportamento da criança que agride as outras quando está na escola, por isso a atenção e as medidas devem ser redobradas”, finaliza Yram.

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