Especialista dá dicas para prevenir acidentes e lesões
Os ossos e músculos não são mais os mesmos. A postura e o caminhar não são mais tão firmes. O resultado é o aumento do risco de queda, que representa, hoje, uma das principais causas de lesões em pessoas idosas. O Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) aponta que, anualmente, 40% dos brasileiros com mais de 80 anos sofrem algum tipo de tombo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 25% dos casos de idosos que dão entrada em unidades de saúde todos os anos têm a ver com lesões e fraturas em decorrência de acidentes similares.
Embora seja uma ocorrência frequente, pode ser evitada na maior parte dos casos. A enfermeira e coordenadora de atenção primária da Hapvida NotreDame Intermédica, Helayne Moura, explica que algumas atividades e comportamentos podem ser considerados arriscados. Ambientes não preparados e patologias preexistentes também são fatores de risco.
A profissional pontua que doenças como artrose, artrite, osteoporose, demências, Alzheimer e Parkinson, consideradas comuns com a chegada da velhice, podem ser agravantes que facilitam as quedas, já que desgastam as articulações, enfraquecem os ossos, geram desequilíbrio, afetam a movimentação e causam degeneração de tecidos. Hipertensão, diabetes e problemas que atingem a visão periférica também são complicadores.
Como prevenir?
Helayne Moura elucida, ainda, que as quedas podem ser evitadas com atitudes simples, como manter o ambiente bem iluminado para que o idoso visualize todos os objetos ao seu redor. “Outra dica é usar calçados confortáveis e fechados, evitando chinelos e sapatos abertos”, completa.
Pela casa, evite que os fios fiquem à vista, por onde o idoso transita. Tapetes escorregadios devem ser retirados e eventuais líquidos ou gorduras em superfícies precisam ser limpos imediatamente.
No banheiro, local onde ocorrem constantes e graves acidentes, o ideal é ter barras fixas que assegurem estabilidade para evitar problemas, a exemplo de traumatismos crânioencefálicos.
“O risco da queda nos banheiros é bater a cabeça e ter grandes complicações. A orientação é que os idosos tenham o máximo de acessibilidade possível, trocando escadas por rampas de acesso, por exemplo. Qualquer dúvida, procure o seu médico e o serviço de saúde”, orienta.