Com um carrinho de compras do tamanho delas, crianças podem transformar uma ida ao supermercado em uma verdadeira aventura! Mas o que muitos pais não sabem é que esse momento pode ser uma oportunidade de ouro para ensinar aos pequenos sobre escolhas saudáveis. Afinal, bons hábitos alimentares são ainda mais importantes do que encontrar a caixa de cereais mais colorida.
O nutricionista do Grupo Mateus, Marcus Cordeiro, ressalta que passar informações de forma lúdica ajuda a manter a atenção e desperta a curiosidade das crianças pelos alimentos. “Os pais podem, por exemplo, transformar esse momento em um jogo divertido e fazer perguntas como: quais alimentos descascamos e quais desembalamos? Ele pode usar a resposta para apontar que descascar sempre será melhor do que desembalar”, orienta.
O especialista recomenda, ainda, que os pais aproveitem os produtos in natura para exercitar a criatividade, elaborando, em casa, pratos com desenhos, cores, formas e misturas. “Com os alimentos processados, não temos tanta liberdade para essa manipulação. Deixar a criança sentir e pegar os alimentos gera mais proximidade com o que é consumido, desde que com a higienização correta das mãozinhas”, explica.
RÓTULOS
Aprender a ler os rótulos também é essencial. Atualmente, com alterações recentes na legislação, as informações sobre os produtos estão disponíveis de forma mais clara. “Agora, produtos com excesso de certas substâncias aparecem identificados na parte da frente da embalagem. Alguns produtos trazem também com uma lupa identificando que aquele produto possui em alta quantidade algumas substâncias como açúcar e gorduras”, afirma.
Brincar de comparar os números das tabelas também é uma dica valiosa do nutricionista. “Estimule a crianças a identificar qual a numeração menor de gordura e açúcares entre três marcas diferentes do mesmo produto, por exemplo. Torne o momento interativo, divertido e educativo”, destaca.
Com um pouco de diversão e orientação, os pequenos estarão preparados para fazer escolhas saudáveis e conscientes ao longo da vida. “A longo prazo, poderemos ter uma diminuição de indivíduos obesos. A obesidade se encontra hoje em segundo lugar do ranking de principais causas de morte no mundo, perdendo apenas para o cigarro, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, finaliza Marcus.
