Cesta básica tem queda em 13 capitais em julho

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Maiores reduções foram no Recife (-4,58%) e em Campo Grande (-4,37%)

Sacos de arroz à venda em mercado / Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Em julho, o valor da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais brasileiras que participam da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). São Luís (MA)ficou de fora do levantamento.

As quedas mais importantes no custo da cesta ocorreram no Recife (-4,58%), em Campo Grande (-4,37%), em João Pessoa (-3,90%) e em Aracaju (-3,51%). A única capital a apresentar alta foi Porto Alegre, com aumento de 0,47%. Já em Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza (0,05%) foi observada relativa estabilidade.

Porto Alegre também foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo, com média de R$ 777,16. No Norte e no Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 547,22), João Pessoa (R$ 581,31), no Recife (R$ 592,71) e em Salvador (R$ 596,04).

Com base no valor da cesta mais cara, que no mês de julho foi a de Porto Alegre, o Dieese calculou qual seria o salário mínimo ideal no país para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Segundo a entidade, o salário mínimo deveria ter sido de R$ R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o valor do mínimo atual (R$ 1.320).

confira a variação da cesta básica em cada capital

  • Porto Alegre: 0,47
  • Fortaleza: 0,05
  • Brasília: 0,04
  • Salvador: 0,03
  • Rio de Janeiro: -0,39
  • Belo Horizonte: -0,49
  • São Paulo: -1,67
  • Belém: -1,44
  • Curitiba: -1,56
  • Goiânia: -1,74
  • Vitória: -2,43
  • Natal: -2,95
  • Florianópolis: -3,22
  • Aracaju: -3,51
  • João Pessoa: -3,90
  • Campo Grande: -4,37
  • Recife: -4,58

Confira o valor da cesta básica em cada capital

  • Porto Alegre: R$ 777,16
  • São Paulo: R$ 769,95
  • Florianópolis: R$ 746,66
  • Rio de Janeiro: R$ 738,12
  • Campo Grande: R$ 698,31
  • Curitiba: R$690,31
  • Brasília: R$ 687,58
  • Vitória: R$ 674,54
  • Fortaleza: R$ 661,50
  • Goiânia: R$ 657,71
  • Belo Horizonte: R$ 652, 78
  • Belém: R$ 650,42
  • Natal: R$ 613,64
  • Salvador: R$ 596,04
  • Recife: R$ 592,71
  • João Pessoa: R$ 581,31
  • Aracaju: R$ 547,22

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais. O Decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.

O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país.

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