Se não for trocado com frequência, utensílio pode armazenar bactérias, alerta especialista
Maio já está no final e o ideal é que você já esteja, pelo menos, na sua segunda escova de dentes do ano. Isso porque, apesar de ser uma companheira diária e essencial na hora da higiene da boca e dos dentes, esse utensílio pode armazenar microrganismos que oferecem riscos à saúde.
Hábitos comuns, como usar uma capa protetora para a escova, ou guardar todas juntas no mesmo recipiente, também podem ser prejudiciais. Quem alerta é a biomédica e professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Milca Abda de Morais. “As cerdas das escovas de dentes podem ser ambientes propícios para a proliferação de agentes infecciosos, como bactérias e fungos, por serem úmidas e ficarem, geralmente, guardadas em locais escuros e sem ventilação. Além disso, microrganismos causadores de gripe, resfriado e de doenças bucais (cárie, gengivite, entre outras), também podem se alojar no local”, explica.
Como limpar
Milca orienta que, logo após a escovação, é indicado agitar as cerdas da escova de dentes, secá-la bem e guardá-la em pé e em local arejado.
A especialista orienta também que se deve evitar o contato entre as escovas, para evitar que os microrganismos se proliferem através dessa proximidade. “Se puder, tenha um porta-escovas com fendas arejadas, o qual também deve ser higienizado rotineiramente, e não use capas protetoras que dificultem a secagem. Afinal, quanto mais tempo a escova ficar úmida, mais propício é o ambiente para o crescimento das bactérias”, afirma.
Mesmo com todos esses cuidados de higienização, a escova de dentes deve ser substituída, no mínimo, a cada 90 dias, segundo a recomendação dos especialistas. “Essa troca pode ser feita antes, caso as cerdas já estejam deformadas”, conclui.