Você sabia que os joelhos femininos são mais suscetíveis a apresentar lesões? Esse dado está presente em vários estudos, como na pesquisa do Hospital Brigham and Women’s, afiliado à Harvard Medical School. De acordo com o levantamento, características anatômicas, como a pelve mais larga e a maior angulação do quadril feminino, explicam essa propensão natural.
O médico ortopedista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, César Lima, explica que essas características tendem a exigir mais da estrutura óssea do corpo feminino. “Esses fatores anatômicos podem, com o tempo, acarretar numa maior frouxidão ligamentar”, explica.
César também aponta alguns outros grandes vilões, como o uso excessivo de calçados com saltos e o sedentarismo. Dentre as principais lesões no joelho, estão o rompimento do ligamento cruzado anterior, a condromalácia patelar (enfraquecimento da cartilagem do joelho) e a artrose.
Como prevenir?
O especialista indica alguns hábitos que podem garantir o bom estado e segurança da estrutura óssea e muscular do joelho. Entre eles estão os alongamentos antes dos treinos e atividades, a realização de exercícios que ajudem no fortalecimento dos joelhos, o cuidado com cargas elevadas na rotina ou nas academias e uma alimentação balanceada.
Tratamento
O ortopedista explica que o próprio corpo sinaliza quando algo não vai bem com o joelho. “A dor durante alguns esforços da rotina, especialmente ao subir e descer escadas, assim como ao se agachar ou ao usar um salto alto, podem evidenciar algum problema”, aponta.
Nesses casos, é necessária uma consulta com um especialista para investigar o real problema. “Após uma avaliação médica, estabelecendo o diagnóstico, o tratamento com uma equipe multidisciplinar é fundamental. Nessa dinâmica, a reabilitação pode ser feita com um fisioterapeuta ou indicada a correção desses fatores com os profissionais adequados, dependendo de cada caso”, finaliza o ortopedista.