As mulheres lutam para se firmarem no mercado de trabalho ao longo dos anos e décadas. E para se tornarem mais competitivas e empoderadas, devem lutar também pela inclusão digital. Sem noções básicas de informática e redes sociais, fica quase impossível conseguir um emprego ou atuar de forma autônoma nos dias de hoje. Mas infelizmente, ainda é alto o número de mulheres à margem da digitalização.
Nesse contexto, é urgente e necessário promover o desenvolvimento da educação digital e inclusiva entre as mulheres. E mais ainda, para aquelas acima dos 30 anos, que lutam por oportunidades em uma sociedade marcada pelo ageísmo (fenômeno que discrimina pessoas mais velhas).
Mas os exemplos inspiram as mudanças. E a professora maranhense Maria Alexandrina Azevedo Soares, mais conhecida como Alê Azevedo, foi à luta para não ficar defasada digitalmente. Aos 50 anos, foi beneficiada com um curso de informática gratuito na Estação Tech do bairro João de Deus; projeto apoiado pela operadora Maxx. Nesse curso aprendeu a usar programas como Excel, Word e todo o pacote básico. E agora sente-se mais preparada para o mercado de trabalho.
Com sentimento de gratidão pelo patrocínio, a Profa. Alê Azevedo atendeu o convite da operadora Maxx e palestrou na sede da operadora, para um grupo de colaboradoras do call center da empresa.
Negra, mãe de três filhos, ela primeira pessoa de sua família a conquistar uma formação superior. Os pais são analfabetos, moram no interior onde trabalhavam como quebradeira de coco e lavrador. Alê contou que saiu do pequeno povoado em que nasceu, na cidade de Palmeirândia, para vir estudar na capital com apenas 6 anos de idade. E não parou nunca mais. Ela estimulou as colaboradoras da Maxx a seguirem sempre se capacitando, trabalhando também a autoestima para que sigam fortes e empoderadas.
“Estudei em escolas públicas e me formei em Pedagogia e História. Tenho Pós- Gradação em Gestão Superior Escolar. Atuo como professora de História; também como Psicopedagoga Clínica. Estou atualmente cursando uma Pós-Graduação. Amo tudo o que faço e tenho muito orgulho da minha trajetória. O estudo e o conhecimento me abriram muitas portas. Já ajudei irmãos a virem estudar na capital e tenho sobrinhos que dizem que se inspiram em mim. Tenho 50 anos mas me sinto jovem e produtiva, isso é o que importa” ensinou a profa. Alê.