Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do 13º salário injetou R$ 250 bilhões na economia brasileira neste ano. Apesar de parte do benefício ser destinado para as compras de fim do ano (presentes e ceia), a dica é priorizar a quitação de dívidas, como explica o docente do curso de Ciências Contábeis da Estácio, Haroldo Andrade Junior.
“O 13º salário é uma oportunidade para que os consumidores coloquem suas contas em dia, principalmente aquelas referentes ao cartão de crédito e cheque especial, cujas taxas rotativas médias de juros em outubro foram de, respectivamente, 399,5% e 132,5% ao ano. Se ainda assim sobrar uma quantia, reserve esse valor para as contas do primeiro trimestre que costumam apertar o bolso, como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar”, orienta o docente.
Haroldo Andrade Junior observa que mesmo diante da impossibilidade de sanar integralmente as dívidas com o 13º salário, o inadimplente poderá aproveitar a ocasião para renegociá-las. “Pague as contas que estão mais próximas de vencer e negocie com o credor uma redução dos juros e das multas pelo atraso do pagamento. Outra dica é iniciar o ano com o planejamento orçamentário pronto e de acordo com a realidade financeira da família”, recomenda.
Já para quem não está no vermelho, o coordenador aconselha a fazer uma reserva de emergência com o dinheiro que sobrou do 13º. “Uma boa opção é investir no CDB (Certificado de Depósito Bancário) com resgate automático, podendo ser sacado a qualquer momento. Contudo, se o consumidor não tiver prazo para retirar o que foi poupado, o melhor é procurar pelos títulos do tesouro direto, que são uma renda fixa sem risco de perder o dinheiro investido”, finaliza.