Oftalmologista da Ocular, Dr. Élcio Cosseti é homenageado pela Secretaria de Estado da Saúde e Central Estadual de Transplantes do Maranhão

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Sócio Fundador da Ocular, o médico oftalmologista Dr. Élcio Cosseti recebeu homenagens em evento promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Central Estadual de Transplantes, pelo seu pioneirismo como cirurgião em transplante de córnea no Maranhão. Realizada pela Central Estadual de Transplantes, com apoio da SES, a programação alusiva ao Dia Panamericano de Doação de Córnea destacou a importância da conscientização para a doação do órgão.

A solenidade foi prestigiada pelo secretário-adjunto de Assistência à Saúde da SES, Carlos Vinicius Ribeiro; a superintendente de Assistência à Saúde, Josélia Alves, e a superintendente de Acompanhamento à Rede, Katia Lobão. A cerimônia de entrega da homenagem reuniu ainda médicos oftalmologistas, enfermeiros do Banco de Olhos do Maranhão, ex pacientes que receberam transplantes e familiares de doadores. O evento visa sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de córnea, em um cenário onde a fila é crescente e a doação, principalmente com o surgimento da pandemia, apresenta números ainda mais baixos de doadores.

Evolução no Maranhão

O Maranhão registrou o primeiro transplante de córnea em 1988. O pioneirismo da cirurgia deve-se ao sócio fundador da Ocular, o oftalmologista Dr. Élcio Cosseti. “Quando surgiu a oportunidade de realizar a cirurgia de transplante de córnea, vimos a necessidade e falta de oportunidade para alguns pacientes. As pessoas que tinham mais necessidade, que não tinham condições de buscar esse recurso fora do Estado, ficavam sem atendimento. Então, realizamos o primeiro transplante de córnea no então Hospital Dutra, hoje, Hospital Universitário da UFMA”, comentou Élcio Cosseti.

Na época, as condições para a realização de um transplante com tal complexidade não existiam. O empenho do Dr. Cosseti e de sua equipe abriram as portas para a implementação de uma rede voltada para a coleta e transplantação do órgão. Graças ao seu empenho e ao pontapé inicial dado para a realização do primeiro transplante e a visualização do potencial de profissionais, organização e ordenamento de uma estrutura em rede, hoje, o Maranhão dispõe de uma estrutura. Um resultado que é fruto da coragem e do trabalho do Dr. Élcio e de sua equipe há 34 anos.

“Não tínhamos equipe preparada. Realizamos a cirurgia a noite, com equipe de enfermagem e anestesista. O caso era grave, mas salvamos o olho do nosso paciente”, lembrou o cirurgião. Em reconhecimento ao seu pioneirismo e a esse importante avanço na medicina do Maranhão, o Dr. Cosseti foi homenageado pelo governo estadual. Para ele, o cenário da doação ainda é desconhecido por parte da sociedade, mas a educação e a informação, por meio das campanhas realizadas pelos órgãos de saúde são de extrema importância para a conscientização das pessoas que aguardam na fila, quanto para as pessoas que são potenciais doadores.

“As dificuldades são grandes. Só quem trabalha no sistema, que conhece o dia a dia sabe as dificuldades reais que envolvem o transplante. O transplante em si é a cereja do bolo. Depois que todo o processo da doação aconteceu é que vamos para a cirurgia. Se não houver a doação, não existe o transplante. O potencial de fazermos mais, existe de fato, mas passa pela conscientização de doadores e seus familiares, concluiu Dr°. Cosseti.

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