Palestras e teatralização para conscientizar profissionais de saúde sobre o ato de lavar as mãos

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O Dir. Geral do HSE / HSLZ Plínio Tuzzolo entre os envolvidos na ação de conscientização sobre higienização das mãos: Letícia Sales (CCIH / HSE-HSLZ), Isabelle Diniz (NSP HSE/HSLZ), os infectologistas DO HSE / HSLZ Dra. Carolina Cipriano e Dr. Daniel Santos, Rebeca Cutrim (NEP HSE/HSLZ) e Luana Pontes (CCIH HSE/HSLZ)

Hospital dos Servidores promove Campanha de Higienização das Mãos

Os números de estudos científicos comprovam a seriedade desse tema. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as IRAS – Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, adquiridas durante o processo de cuidado em um hospital – estão entre as maiores causas de morte entre os pacientes hospitalizados. A cada 100 pacientes internados, estima-se que pelo menos sete em países desenvolvidos e 10 em países em desenvolvimento irão adquirir IRAS. Na Europa, anualmente, quatro milhões de pessoas adquirem IRAS, ocasionando aproximadamente 37.000 mortes, com um impacto financeiro de sete bilhões de euros. Nos Estados Unidos (EUA) ocorrem cerca de dois milhões de casos e 80.000 mortes por ano, com custo estimado entre 4,5 e 5,7 milhões de dólares. E até 2050 a estimativa de mortalidade causada pelas IRA´s será de 1 morte a cada 3 segundos. No Brasil, a OMS estima que entre 16 a 37 pessoas contraem infecções a cada 1.000 pacientes atendidos. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), apontam que a taxa média de infecção hospitalar é de 9%, com uma letalidade de 14,35%.

Equipes multidisciplinares do HSE / HSLZ participaram das palestras de abertura do campanha de Higienização de Mãos

Entre as principais causas de IRAS estão a falta de higienização das mãos, uso indiscriminado de antibióticos, quebra de protocolos assistenciais e contaminações ambientais. Ou seja, é algo que pode ser evitado, ou pelo menos minimizado, através da mudança comportamental dos profissionais de saúde.

E para reforçar a conscientização das equipes multidisciplinares que atuam no Hospital dos Servidores Estaduais / HSE com gestão do HSLZ foi criada a “Campanha de Higienização de Mãos: Contra Bactérias, Super Cuidados”. O evento é uma promoção da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) em parceria com as áreas de Infectologia, Núcleo de Segurança do Paciente(NSP), Núcleo de Educação Permanente (NEP) e Diretorias do HSE.

A enfermeira Luana Pontes (CCIH – HSE / HSLZ) reforçou a importância do engajamento coletivo para manter o ambiente hospitalar mais seguro para todos

A abertura aconteceu no auditório do HSE com a presença de diretores, equipes líderes e multiplicadoras que foram surpreendidas com uma teatralização em vídeo, mostrando as preocupações da personagem Dr. Infecto para combater os inimigos invisíveis – as bactérias – que causam as infecções hospitalares e tendo como maior arma a correta higienização das mãos por todos os  profissionais. Em seguida, foi apresentada a paródia musical “6 Pacitos”, criada em conjunto pelas enfermeiras Isabelle Diniz (NSP / HSE-HSLZ), Letícia Sales (CCIH / HSE-HSLZ) e Rebeca Cutrim (NEP / HSE – HSLZ), que foi apresentada por elas e pela enfermeira Luana Pontes. Cantando e dançando, elas ensinaram através de uma coreografia especial, como os profissionais da saúde devem lavar as mãos de forma correta e eficiente.

“Trabalhamos de forma contínua a conscientização das nossas equipes sobre esse tema. Buscamos o empenho de nossos profissionais para debelar ao máximo as incidências de infecções hospitalares. E nesse evento conseguimos fazer uma conscientização forte, mas de forma lúdica e leve, proporcionando mais engajamento. Vamos seguir conscientizando nossos times, para termos um ambiente cada vez mais seguro e seguindo as diretrizes do Gov. Carlos Brandão e do Secretário da SEGEP Pedro Chagas, de oferecer uma assistência excelência máxima aos servidores estaduais contribuintes do FUNBEN” declarou o Diretor Geral do HSE – HSLZ Plínio Tuzzolo.

O evento contou ainda com três palestras educativas. O Dr. Daniel Santos, infectologista e  Coord. da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)  do HSE / HSLZ falou sobre “Resistência Bacteriana: Uma Ameaça Global” destacando as ações práticas que devem ser feitas para evitar a disseminação das bactérias super resistentes que estão surgindo; o que inclui o ato de higienização das mãos, associado à cultura de eterna vigilância. Em seguida, a enfermeira Luana Pontes da CCIH / HSE -HSLZ, especialista em Gestão e Controle de Infecção Hospitalar, destacou a importância do protocolo “Os 5 Momentos para Higienização das Mãos” que deve ser seguido à risca por todos os profissionais de saúde; além de responder às principais dúvidas sobre o que é Fato ou Fake. E completando a programação, a médica infectologista Dra. Carolina Cipriano falou sobre a importância da campanha “Adorno Zero” e dos cuidados para não infectar o paciente através de brincos, anéis, colares, gravatas e outros acessórios que não devem ser usados no ambiente hospitalar; além da necessidade de manter as unhas curtas, sem apliques em acrílico, e sem esmaltes.

Diretoria do HSE / HSLZ premiando as equipes da UTI do HSE, área modelo no uso racional do álcool em gel

“Todos nós que somos profissionais de saúde devemos usar as mãos como instrumentos de cura, e nunca de contaminação do paciente”, sensibilizou a médica.

Houve a premiação da área que melhor utilizou de forma coletiva o álcool em gel, com o troféu sendo destinado aos profissionais da UTI do HSE. A Coordenadora da área, enfermeira Ana Rachel Damasceno representou a equipe e agradeceu o reconhecimento:

“A gente se orgulha em fazer a diferença na assistência. Que mantenhamos forte essa cultura do cuidado e da higienização corretas das mãos, além do uso de álcool em gel. São gestos muito simples mas poderosos, e cada um de nós devemos contribuir para mudar as estatísticas” disse Ana Rachel.

Ao longo de uma semana o HSE / HSLZ vai promover ações educativas da campanha de higienização de mãos, reforçando os “super cuidados” que todas as equipes devem manter em prol de uma assistência mais segura aos pacientes e entre colegas.

Vale lembrar que o cuidado de higienização das mãos também deve ser mantido pelos familiares dos pacientes, seguindo os mesmos cuidados que os profissionais de saúde.   

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