A terça-feira (26) foi marcada pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data importante para conscientizar as pessoas sobre uma doença que amedronta muitas pessoas e, geralmente, pode ser sorrateira – segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) em 2021, cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos, ou seja, 3 a cada 10 pessoas adultas no país sofrem com esse mal.
A hipertensão é tão temida, dentre diversos fatores, por ser um fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença que mais mata no país segundo o Portal da Transparência dos cartórios de registro civil do Brasil.
O médico cardiologista do Sistema Hapvida, Alexandre Gayoso, explica que a hipertensão se apresenta quando os níveis tensionais, ou seja, a pressão arterial está acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), ou 14 na tensão sistólica (de contração do coração), e acima de 9 na diastólica (relaxamento do coração), como são popularmente conhecidas. Na maioria dos casos ela se manifesta de forma assintomática. Já em outros, pode trazer dores de cabeça, náuseas e vômitos, fraqueza e nos cenários mais graves, rompimento dos vasos sanguíneos, dor no peito e até sangramento.
Alexandre conta que a doença geralmente é herdada geneticamente, mas o fator principal que justifica o agravamento da hipertensão é o estilo de vida da pessoa. “Vemos muitos casos de pessoas com 20 a 30 anos, já constatados com a doença. Cada vez mais as pessoas estão mais estressadas, ansiosas, dormindo mal, com uma dieta rica em sódio e alimentos industrializados e se exercitando menos, fatores de risco que aumentam a probabilidade de ter hipertensão arterial”, explica o médico.
Como prevenir ou controlar?
Para andar longe do tão temido 14/9, o cardiologista explica que manter um estilo de vida saudável é muito importante, inclusive numa alimentação regular rica em frutas e verduras, excluindo os alimentos com muito sal e os industrializados.
“Além disso, dormir adequadamente, tendo um sono reparador e contínuo, evitar e tratar o estresse e ansiedade, praticar exercícios regularmente, com um mínimo de 150 minutos por semana, como é indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) também são práticas essenciais para a prevenção e controle da hipertensão”, acrescenta Alexandre.
Para prevenção, o médico indica uma ou duas visitas anuais ao médico para monitoramento da pressão e exames periódicos para garantia da saúde. Lembrando que quanto mais cedo identificada a doença, mas fácil pode ser tratada, em muitos dos casos sem precisar de medicação, quando diagnosticada de forma precoce. A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada através de tratamento.