Mesmo com a conta de energia mais barata, ainda é hora de economizar
A partir deste mês, a conta de energia deve ficar até 20% mais barata. O anúncio foi feito pelo governo federal, que informou o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado. Mesmo com os valores mais baratos, porém, economizar energia continua a ser a palavra de ordem para proteger tanto o meio ambiente quanto o bolso.
Vale lembrar que, mesmo com os reservatórios em baixa, o consumo de energia no Brasil continua aumentando: cresceu 4,1% no ano passado, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A tarifa brasileira é também uma das mais caras do mundo: segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), quando o assunto é a conta de luz, só perdemos para a Alemanha.
O engenheiro e professor do Centro Universitário Estácio São Luís, Renato Mortari, explica que o aumento do consumo é consequência direta da crise hídrica. “Cerca de 80% da matriz energética brasileira é composta de hidrelétricas. Mas com a crise hídrica tivemos que importar energia de outros países e depender mais das termoelétricas”, afirmou. As usinas termoelétricas são aquelas que produzem energia a partir da queima de combustíveis como óleo diesel, carvão mineral e gás. O resultado dessa mudança foi sentido diretamente nas contas do mês.
ESTRATÉGIAS
Apostar em lâmpadas mais econômicas, como as de LED, e aproveitar ao máximo a iluminação natural, mantendo portas e janelas abertas, são algumas estratégias que podem resultar em uma conta de energia mais barata no final do mês, conforme orienta o professor. “As lâmpadas de LED levam a vantagem de ter uma vida útil maior que a lâmpada fluorescente, além de consumir menos energia elétrica para ter a mesma iluminação”, reforçou.
E você sabia que os aparelhos eletrônicos podem gastar energia mesmo quando não estiverem sendo utilizados? Carregadores de celular sem o aparelho conectado, forno microondas e televisores em modo stand by podem representar de 10 a 15% do padrão médio de consumo residencial. A dica é: se não está usando, melhor tirar da tomada.
Outro ponto importante para observar é o estado de conservação dos equipamentos que utilizam energia elétrica em casa. Na hora da compra, é melhor investir nos itens que tenham o selo de economia de energia. E, no decorrer dos anos, observar não só o comportamento dos eletrônicos, como também o estado da rede elétrica residencial.
“Com o passar do tempo, os eletrodomésticos tendem a gerar fugas de corrente e virar vilões da conta de energia. Além disso, fios velhos, desencapados e com muitas emendas de fita isolante podem gerar mau funcionamento dos eletrodomésticos, mesmo que eles sejam novos, diminuindo a eficiência energética e aumentando o consumo”, advertiu.