Em reunião remota coordenada pelo deputado Adriano (PV), na tarde desta quarta-feira (25), ficou definido que a empresa Latam continuará fazendo o transporte aéreo de fármacos radioativos utilizados em exames oncológicos nas cidades de São Luís e Imperatriz. O imbróglio teve início em janeiro deste ano, quando a empresa anunciou que paralisaria as atividades voltadas para esse tipo de operação.
A reunião on-line contou com a participação de representantes do Ministério Público, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), Associação Brasileira de Medicina Nuclear (ABMN), Latam e outras entidades.
Segundo Adriano, o representante jurídico da Latam, Matheus Senna, afirmou que a empresa ficará responsável pelo transporte do material radioativo até que uma solução seja encontrada. Ele afirmou que a empresa havia sugerido, desde janeiro, que a GOL fizesse um estudo de viabilidade técnica e que a Azul ficasse responsável pelo transporte do material.
“Estou contente com o resultado. Nós teremos uma audiência pública dia 29 de novembro, na Vara de Interesses Difusos e Coletivos, e esperamos que tenhamos uma solução definitiva para esse impasse. No entanto, a Latam continuará nessa operação. Esse é um serviço essencial e de saúde pública. Por isso, a empresa aérea não pode pensar somente em lucro. A decisão é louvável”, disse Adriano.
Obrigada a fazer o transporte por meio de liminar, a Latam conseguiu reverter o quadro no Judiciário, mas ainda assim continua a transportar os fármacos radioativos, de acordo com Matheus Senna.
O promotor de Justiça Thiago Oliveira, de Imperatriz, disse que, provavelmente, esse assunto será decidido na próxima audiência pública, acrescentando que a Azul mostrou interesse em assumir o transporte dos insumos, mas destacou que isso somente será possível caso a empresa consiga aumentar o número de voos regulares para Imperatriz, uma vez que ela opera semanalmente com apenas um voo direto para o município, sendo o restante apenas escalas.
Leonardo Cascardo, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), frisou que a Latam é referência nesse tipo de transporte, depois da Avianca, empresa aérea que acabou sendo extinta após decretar falência. Ele destacou esperar que o problema seja equacionado o mais rápido possível.