O mercado digital está mais criativo e prático. Ferramentas do ecommerce oferecem de compras em supermercados à experiências gastronômicas
Não é clichê dizer que o celular se tornou uma tecnologia cada vez mais indispensável no dia a dia das pessoas. Da mesma forma, é correto destacar que a pandemia de covid-19 acelerou o processo para tornar o aparelho cada vez mais funcional para homens e mulheres, adultos e jovens, trabalhadores e estudantes. O pesquisador e jornalista Ricardo Alvarenga, relembra que quando o celular foi criado – na década de 1970 – os aparelhos basicamente confirmavam a existência de uma rede que garante a comunicação entre duas pessoas. “De lá pra cá, os aparelhos celulares foram acumulando diversas outras funcionalidades e hoje talvez, a maioria das pessoas acabam nem utilizando para fazer a clássica ligação telefônica”, contextualiza.
No Brasil, existem 234 milhões de celulares, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Isto corresponde a mais de um aparelho por habitante ao mesmo tempo em que confirma o quanto esta tecnologia está presente na vida dos brasileiros. “Hoje os celulares vão muito além de um aparelho para ligações. Com eles é possível gravar vídeos, fazer fotografias, consumir conteúdo,estudar, assistir filmes e até mesmo monitorar os batimentos cardíacos do usuário”, exemplifica Alvarenga que é professor do Centro Universitário Estácio São Luís.
“Por todo o mundo é possível identificar grandes empresas que têm como vocação o desenvolvimento de novas tecnologias e novas formas surpreender os usuários. É difícil definir com precisão o fruto do uso do celular, mas certamente com o processo de distanciamento social que estamos vivendo em virtude da Covid-19, diversas tecnologias tendem a receber mais investimento para que os serviços oferecidos sejam cada vez mais eficientes”, destaca.
A fala do professor confirma uma tendência de mercado que cresce a cada dia: O da criação e aperfeiçoamento de aplicativos e plataformas digitais que podem ser instaladas e manuseadas no celular. O Brasil tem ocupado um lugar de destaque nesse cenário, pois é o segundo país do mundo onde o mercado de apps mais cresce. Fica atrás somente da Indonésia, segundo a Think Tank Pew Research Center, organização que estuda as principais questões de tendências e atitudes que moldam o mundo.
Com a pandemia, o comércio eletrônico (e-commerce) garantiu um faturamento do varejo no país. As empresas, que já vinham observando essa oportunidade de vendas através de sites e aplicativos, tiveram de acelerar o processo de criação de plataformas para se aproximar dos clientes e conquistá-los por meio de serviços e facilidades diferenciadas.
O Grupo Mateus, que é a quarta maior rede varejista do Brasil lançou o aplicativo Mateus Mais que trouxe o cashback, um modelo pelo qual o cliente realiza compras no APP e recebe parte do dinheiro de volta para usar em outras compras. Esse aplicativo acabou incorporando a funcionalidade de outros dois que a empresa já mantinha e, com menos de três meses no ar, já passou por uma modernização e passará a comercializar também os produtos e serviços do Spazio Mateus.
“Com isso a gente não vai apenas facilitar a compra e venda de produtos, como também estamos proporcionando uma experiência gastronômica para os nossos clientes. Nós estamos nos aproximando das pessoas”, disse a gerente comercial do Spazio, Raquel Aciole. “É uma tendência. Os clientes terão acesso a produtos e serviços exclusivos no conforto da casa deles ou onde estiverem”, frisa.