A constância do exercício para trazer qualidade de vida para quem tem fibromialgia
“Dor de cabeça, dor no corpo, inchaço, dormência, esquecimento frequente, falta de força, muito sono, mas o pior é não conseguir exercer as minhas obrigações e me sentir útil”, esses são alguns sintomas de fibromialgia, doença desenvolvida pela Edna Sena, de 48 anos, dona de casa. Ela foi diagnosticada com fibromialgia em 2015 e teve que mudar de vida para superar os efeitos da doença.
Segundo a Dra. Anna Sylvia Gonçalves Reis, médica reumatologista da Rede Hapvida Saúde, a fibromialgia é uma doença que causa dor no corpo todo, associada a fadiga e indisposição, distúrbios do sono e alterações de humor, como depressão, irritabilidade e ansiedade.
“É uma doença não deformante e não inflamatória, acomete mais as mulheres do que os homens, principalmente na idade entre 30 e 55 anos. O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos, exercícios físicos regulares, aeróbicos e musculação, controle do sono, e acompanhamento com psicólogo e psiquiatra. O exercício vai promover melhora da fadiga, melhora da dor e do sono e do humor. Por isso enfatizamos a constância do exercício para trazer qualidade de vida.”
Além da medicação, Edna escolheu mudar a alimentação e adquirir hábitos saudáveis. “Mudei muita coisa na minha vida, hoje escolho alimentos mais saudáveis, não como mais carne de porco, alimentos em conservas, diminui o consumo de laticínios. Faço caminhadas e musculação. Tomo vitamina B12, C e D e ainda preciso tomar analgésico para as dores, mas hoje sinto menos dores e já consigo ter um sono mais regular”, avalia Edna.
A Fibromialgia é uma síndrome ainda pouco conhecida, cujos principais sintomas são: dor generalizada; fadiga; dificuldades cognitivas (problemas de concentração, perda de memória etc); formigamento nas extremidades do corpo (mãos e pés).
Como todos os sinais são problemas relativamente comuns, acredita-se que a doença seja subnotificada. As dores da fibromialgia são constantes e costumam durar cerca de três meses a cada vez. A pessoa afetada nota uma redução em sua capacidade de se exercitar, justamente devido às dores e à fadiga. Ela também passa a sofrer com problemas de sono, como insônia e apneia, muitas vezes apresentando quadros de depressão.
Recentemente, foi instituído o Fevereiro Roxo, mês da conscientização sobre Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer, três condições bem diferentes entre si, mas apresentam um ponto em comum: são incuráveis, mas se identificadas nos estágios iniciais, seus sintomas podem ser controlados ou retardados.