AS LIÇÕES DA EDUCAÇÃO EXPONENCIAL DO COLÉGIO DOM BOSCO EM 2020
O futuro parecia incerto quando no início de 2020 se deu o agravamento da pandemia do Covid19 no Maranhão e no mundo. Diversos serviços foram interrompidos e as famílias estavam apreensivas quanto ao futuro de seus filhos…
Mas a educação não parou no Colégio Dom Bosco. Ao contrário, em um mundo que nos desafia é através dela que as pessoas poderão fazer a diferença e encontrar soluções para um futuro melhor. E a escola que já adotava uma proposta de Educação Exponencial estava mais que pronta para oferecer uma educação de qualidade em meio a um cenário bem adverso.
Com a tecnologia como aliada e um grande esforço e dedicação de todo o corpo docente o Colégio Dom Bosco logo adotou inicialmente as aulas online e depois o modelo híbrido, sempre priorizando a segurança e a saúde de alunos, professores e colaboradores.
A Diretora Pedagógica do Dom Bosco Raíssa Murad enfatiza que o desenvolvimento de crianças e jovens precisa ser contínuo, e todos podem aprender grandes lições, mesmo em uma situação tão adversa como essa pandemia:
“Cientificamente, sabemos que o cérebro das crianças é mais “plástico”, ou seja, todos os estímulos que dermos a elas nessa fase serão aprendidos de forma mais profunda e perene. Não temos a opção de “dar pausa” ao processo educacional. Por isso, nós, educadores, não podíamos parar. Nesse ano as práticas pedagógicas não aconteceram da mesma forma de antes. O que não quer dizer que seja melhor ou pior, apenas que precisaram acontecer de forma diferente. É nas grandes dificuldades que surgem as grandes ideias e soluções. E no Dom Bosco nós já estávamos caminhando no sentido de re-significar o papel da escola bem antes dessa pandemia. Prestes a fazer 60 anos, fizemos uma reflexão sobre qual o nosso papel como instituição de ensino hoje e já seguíamos esse caminho” disse ela.
Raíssa completa: ”Nós havíamos percebido a necessidade de desenvolver em nossos alunos não apenas competências cognitivas, como também competências socioemocionais – que nesse ano estão sendo fundamentais: Visão Holística e Sistêmica; Cooperação e Trabalho em Times; Criatividade e Inovação; Foco no Resultado; Adaptabilidade e Resiliência; Bem-estar físico e mental; Sustentabilidade, Responsabilidade e Empatia. As metodologias ativas que já havíamos adotado antes da pandemia (como sala de aula invertida e aprendizagem em pares) são importantes para a atual realidade educacional, pois colocam o aluno como agente ativo no processo de ensino-aprendizagem, potencializando sua autonomia. Essa “nova escola” na verdade já havia sido adotada no Dom Bosco bem antes da crise, e em 2020 isso fez ainda mais sentido” revelou.
Outro aspecto que fez a diferença e ajudou alunos e seus familiares a se adaptarem melhor a todas as mudanças foi o amplo suporte dado pela escola através do seu programa de mentoria.
“Para acompanhar as possibilidades, assim como os desafios, de nossos estudantes nesse momento de adaptação ao e-learning, nosso Programa de Mentoria foi ainda muito ativo, com ações destinadas a todos os alunos da escola, e extensivo às famílias. Nossa equipe mantém contato frequente, para apoiar alunos e familiares, em todas as suas demandas e principalmente, no auxílio da estruturação dessa nova rotina. Os encontros de Mentoria online aconteceram de forma individualizada e já demonstraram grandes resultados práticos”, disse o Gestor Educacional do Dom Bosco Igor Melo.
Para a direção do Colégio Dom Bosco a parceria entre família e escola, que sempre foi muito valorizada, esse ano foi ainda mais relevante.
“O diálogo com alunos e famílias sempre foi primordial para nós. Estamos aprimorando constantemente as atividades, métodos e recursos didáticos, assim, esse feedback constante de alunos e famílias é fundamental para o sucesso do ensino e para consolidarmos a proposta de uma educação de qualidade que prepare nosso alunos para esse novo tempo de desafios e oportunidades exponenciais”, finalizou Igor Melo.
INOVAÇÃO E SOLIDARIEDADE COM A “CULTURA MAKER” DO DOM BOSCO
Um cenário de crise é também um convite à inovação. E foi com essa atitude que alunos e professores do Colégio Dom Bosco ressignificaram o período de isolamento social com muita aprendizagem multidisciplinar, desenvolvendo soluções inovadoras e criativas para minimizar os problemas da pandemia e ajudar a sociedade.
O Colégio Dom Bosco, cuja missão é impactar o mundo através da educação, mostrou na prática como a cultura maker adotada na escola proporcionou aos alunos um rico momento de aprendizagem e inovação.
Além das aulas on line, a escola estimulou os alunos com suas metodologias ativas. Através da Cultura Maker, os alunos desenvolveram o aprendizado de ciência e tecnologia, com diversos projetos que estimulam o “aprender fazendo”, com o suporte de dois professores especializados, Ramilla Rocha e Jhon Quinaya. Além dos conceitos científicos e tecnológicos, os alunos também desenvolveram habilidades como senso de trabalho em equipe; autonomia; criatividade; busca de conhecimento e iniciativa para investigar e criar soluções.
Alunos de todas as idades foram desafiados a transformar elementos de seu cotidiano (materiais como caixa, cola, papel etc.) em protótipos de novos produtos, concebidos para melhorar a vida de todos nessa guerra contra o novo Coronavírus. E foram muitos os produtos criados em casa pelos alunos, sob a orientação dos professores: Um jogo inédito e educativo de Minecraft, totalmente desenvolvido pelo aluno que é também programador, e cujo objetivo era a conscientização da necessidade de uso de máscaras e álcool em gel para combater o vírus. Houve também um protótipos de objetos de uso doméstico, como dispensers para o armazenamento correto de lenços de papel toalha e luvas descartáveis; entre muitas outras ideias.
Já o projeto “Descansa – Orelhas”, desenvolvido pelos professores Ramilla Rocha e Jhon Quinaya, foi fabricado com o plotter da escola alocado na casa dos professores. O Descansa – Orelhas foi um produto inédito, uma espécie de adaptador para acoplar o elástico das máscaras na parte de trás da cabeça; evitando machucados na pele e nas orelhas. Esse produto que foi criado originalmente no Canadá por uma criança, foi adaptado aqui de forma inédita pelo Dom Bosco. A escola produziu e doou 1.250 unidades dessa peça a profissionais do Hospital Socorrão.
Para o Colégio Dom Bosco aliar a educação de qualidade à inovação para a solução de problemas reais da comunidade foi a melhor resposta a essa pandemia.
“Acreditamos que a educação ativa e baseada na solução de problemas da comunidade é a melhor arma para se construir um mundo melhor, mais justo e mais inclusivo. Essa foi uma lição não apenas aprendida, mas colocada em prática por nossos alunos” declarou o professor Jhon Quinaya.