O local agora será pólo de beneficiamento de resíduos e de educação ambiental
São Luís, 11 de dezembro de 2020 – A população ludovicense vive um novo momento no tratamento dos resíduos sólidos produzidos pela capital maranhense. O antigo Aterro da Ribeira, que por duas décadas recebeu os rejeitos da cidade, e foi fechado em 2015, agora reabre suas portas totalmente adaptado para a nova realidade.
O Centro Ambiental da Ribeira será entregue à população com estrutura para reutilização de materiais descartados, destinação correta de resíduos, triagem de materiais reciclados e um centro de aprendizagem ambiental. “É o encerramento de um ciclo que começou em 2015, quando fechamos o aterro para iniciar um novo momento na gestão de resíduos sólidos em São Luís. Investimos em coleta seletiva na cidade, através dos ecopontos de captação desse material, e nos tornamos referência no Nordeste. Agora, o antigo lixão é o Centro Ambiental Ribeira, um espaço de regeneração ambiental e humana”, explica Carolina Estrela, Presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana de São Luís.
São Luís na vanguarda da reciclagem
A capital maranhense produz cerca de 760 toneladas de resíduos por dia. Cerca de 5,5% desse lixo é reciclado, fazendo de São Luís a capital com maior taxa de reciclagem do Nordeste.
Uma cultura que será ainda mais estimulada a partir do funcionamento do Centro Ambiental da Ribeira. Todo o material da coleta seletiva entregue nos ecopontos espalhados pela cidade – cerca de 190 toneladas ao mês – vai direto para a Central de Triagem de Recicláveis, onde ganha destinação correta.
No Pátio de Compostagem, os rejeitos de feiras livres e mercados públicos – 90 toneladas ao mês – vão virar adubo orgânico que será distribuído gratuitamente para produtores rurais. “Metade dos resíduos urbanos é orgânico, então, ao trabalhar esse material e transformá-lo, vamos contribuir para um ciclo de renovação ambiental, onde aquilo que é produzido pela própria terra, volta ao meio ambiente em forma de adubo”, destaca Carolina Estrela.
Já na Usina de Britagem de Entulho, 7 mil toneladas de rejeitos da construção civil vão ser transformadas em matéria-prima para produção de telhas, tijolos e outros materiais de construção.
Benefício ambiental e social
Os moradores de comunidades nos arredores do antigo Aterro da Ribeira viram a vida mudar depois que o antigo lixão foi desativado e passou a ser transformado em um Centro Ambiental. José Alencar é morador do Cinturão Verde desde 1995, e lembra da época em que o lixo começou a ser jogado no local. “Mudou bastante a partir de 2015. Foi quando despoluíram os rios e igarapés, trouxeram benefícios de infraestrutura para comunidade e geraram empregos para os moradores da região”, explicou o ex-vendedor autônomo e que hoje é um dos encarregados de toda a operação no Centro Ambiental.
Educação ambiental no antigo Aterro da Ribeira
Desde 1995 o Aterro da Ribeira passou a receber todo o lixo e rejeitos produzidos pelos habitantes da ilha de São Luís. Em 2015 o local foi fechado e começou a passar pelas obras para a criação do Centro Ambiental. Além dos aparelhos de beneficiamento de resíduos, o antigo aterro também terá um Casarão da Aprendizagem. Um espaço multiuso para cursos, palestras e eventos com foco na educação ambiental. O local será aberto para gestores públicos e privados, população maranhense e visitantes de outros estados que vierem conhecer a experiência de sucesso em São Luís. “Quando iniciamos esse projeto, São Luís tinha a menor taxa de reciclagem entre as capitais do Nordeste, hoje somos a primeira entre todas. Isso mostra que é possível mudar uma realidade através de políticas públicas e parcerias com cooperativas. Hoje, São Luís é referência nacional na gestão de resíduos sólidos e reciclagem, um legado de todos os ludovicenses e que vivencia agora um novo momento com a entrega do Centro Ambiental da Ribeira”, conclui Carolina Estrela.
SERVIÇO:
Data: 15/12/2020 (terça-feira)
Horário: 9h
Onde: Antigo Aterro da Ribeira, BR- 135 / Distrito Industrial – São Luís
Entrevistado: Carolina Estrela – Presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana de São Luís