Somente em São Luís ha cerca de 600 pessoas em situação de rua e tendo como ponto de maior concentração a área do centro. Em alusão ao Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, comemorado no dia 19 de agosto, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD Estadual), a Polícia Civil, a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), alunos do curso de Psicologia da Universidade CEUMA com apoio de grupos religiosos, realizaram ontem a 13º edição da Ação Resgate, na Praça Deodoro, no Centro.
O coordenador-geral do CAPS AD Estado, Marcelo Costa, declarou que foram oferecidos diversos serviços para a comunidade como testes de HIV, sífilis, hepatite, Covid-19, glicemia, vacinas, aferição de pressão como ainda avaliação social, psicológica, distribuição de máscaras e outros equipamentos de proteção individual.
Marcelo Costa ainda informou que no decorrer dessa ação mais de 600 pessoas foram atendidas e quatro dependentes químicos aceitaram a fazer o tratamento e saírem da rua. Durante as ações ocorridas ao longo deste ano, 49 moradores de rua já foram resgatados e, enquanto, no ano passado, um total de 82.
Ele também disse que o tratamento do dependente químico é feito por etapas e pode até mesmo a durar em torno de um ano. “Ao aceitarem o tratamento, o dependente químico passa por todo um processo. Ele primeiramente é submetido a uma série de exames, inclusive, HIV e Covid-19 como também toma todas as vacinas. Logo após, é encaminhado para uma unidade de acolhimento onde passa por um tratamento de 30 dias e, em seguida, segue para completar o tratamento em uma comunidade terapêutica, que na maioria das vezes, chega a ser por um período de um ano”, explicou Marcelo Costa.
Em situação de rua
O delegado de Polícia Civil Joviano Furtado, também é um dos coordenadores da ação, declarou que esse trabalho vem sendo feito desde 2011, na Grande Ilha, e, principalmente, voltado para o dependente químico. “A Ação Resgate tem como um dos objetivos retirar os dependentes químicos da rua para que possam fazer o tratamento e, logo após, serem requiridos na sociedade”, frisou Joviano Furtado.
Ele ainda informou que, no momento, há cerca de 600 pessoas morando em logradouros públicos na capital e tendo como maior ponto de concentração a área do centro. “Os motivos que levam as pessoas a morar nas ruas são diversos, mas, os maiores estão ligadas ao alcoolismo, uso de entorpecente, desemprego e conflito familiar”, contou o delegado.
A coordenadora do Serviço de Abordagem Social da Semcas, Marta Almeida, informou que as pessoas em situação de rua são agraciados com os abrigamentos. Na capital, há várias unidades, inclusive, destinadas a crianças e idosos. Elas ainda são beneficiadas com os programas do Aluguel Social e do Minha Casa, Minha Vida.
Marta Almeida também disse que durante o período de pandemia da Covid-19 mais de 320 moradores em situação de rua passaram pelo alojamento provisório montado no Castelão. Neste local, foram oferecidos serviços de assistência à saúde, alimentação e doações de kits de higiene pessoal.
“Os motivos que levam as pessoas a morar nas ruas são diversos, mas, os maiores estão ligadas ao alcoolismo, uso de entorpecente, desemprego e conflito familiar”.
Delegado Joviano Furtado- coordenador da Ação Resgate