Em alusão ao dia 18 de maio, “Dia Nacional da Luta Antimanicômial”, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) Estado fez hoje uma série de oficinas envolvendo toda equipe multidisciplinar como terapia ocupacional através de arte em tapetes e artesanato com material reciclável, enfermagem realizando aferição de glicemia, pressão arterial e palestra sobre tuberculose.
O Dia Nacional da Luta Antimanicômial se deu início em 1989 e foi uma conquista dos trabalhadores da saúde mental para dar maio dignidade ao paciente em tratamento de seus transtornos mentais e ou dependentes químicos, importante falar que hoje com a lei 10.216 de 6 de abril de 2001.
O modelo preconizado pelo SUS para tratar pessoas com transtornos mentais são os CAPS. Com isso. caracterizamos um grande avanço na reforma psiquiátrica do Brasil e sanitária também com a mudança paulatina de políticas públicas do modelo hospitalar para o comunitário e territorial, onde o paciente poderá ter acesso a todo tratamento mental sem precisar ficar internado integralmente. Pelo modelo Hospitalar aumentava o preconceito e afastamento da família do problema, tornando a pessoa com doença mental cada vez mais segregada da sociedade.
Ao longo dos anos, a política brasileira de saúde mental, álcool e outras drogas vem se concretizando como política de estado através de alguns marcos:
- Fechamento de quase a metade dos leitos em hospitais psiquiátricos – de mais de 50 mil em 2002 para cerca de 26 mil em 2014;
- Instituição da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS através da Portaria nº 3.088/2011, para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no SUS.
- Criação de mais de 2 mil Centros de Atenção Psicossocial – CAPS;
- 56 Unidades de Acolhimento cadastradas;
- 496 Serviços Residenciais Terapêuticos cadastrados, para ex moradores de hospitais psiquiátricos;
- 1.163 leitos de saúde mental em hospital geral cadastrados;
- Cadastro de mais de 4 mil beneficiários no Programa De Volta Para Casa, que tem como objetivo contribuir com a inserção social e com a garantia de exercício de direitos de ex moradores de hospitais psiquiátricos
- Organização de boas práticas no campo da prevenção, com adaptação e oferta de 3 programas de prevenção do uso prejudicial de álcool e outras drogas: ELOS – Construindo Coletivos, voltado para crianças (de 6 a 10 anos matriculadas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, #TAMOJUNTO, ofertado para jovens (de 13 e 14 anos matriculados no ensino fundamental II) e FAMÍLIAS FORTES, voltado para famílias (com jovens de 10 a 14 anos), beneficiando cerca de 59.608 pessoas em 6 estados das 5 regiões do país (Acre, Amazonas, São Paulo, Santa Catarina, Paraná Paraíba, Distrito Federal), até o ano de 2016. Em uma nova estratégia de disseminação no país, neste ano de 2017, os programas têm sido ofertados para novos estados brasileiros, caminhando para a consolidação de uma política pública.