No Dia Mundial da Água, conscientização, acesso e uso inteligente estão em pauta
O Dia Mundial da Água, criado pela ONU em 1993 e celebrado dia 22 de março, é um dia de conscientização da população a respeito do uso da água, mas também chama a atenção do mundo para o alto índice de pessoas que não têm acesso a esse recurso. No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas não tem acesso a água tratada e quando o assunto é esgotamento sanitário o número é ainda maior: cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem tratamento de esgoto. A pesquisa “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, feita pela BRK Ambiental em parceria com o Trata Brasil, mostra que a rotina das mulheres é a mais afetada pela falta de água. Em 2016, ano do último levantamento, 1 em cada 7 mulheres no Brasil não eram atendidas com abastecimento de água tratada.
O acesso à água potável pode melhorar a vida de todos, especialmente das mulheres, em diferentes aspectos, desde o desenvolvimento escolar até a renda. O estudo mostra que na idade escolar, as meninas sem acesso a banheiro têm desempenho estudantil pior, com 46 pontos a menos em média no ENEM quando comparadas à média dos estudantes brasileiros. O acesso a água tratada também reduz o número de internações por doenças gastrointestinais e afastamentos por diarreias e vômitos. A cada 1 real investido em saneamento 4 são poupadas na saúde.
O saneamento impacta ainda no ingresso ao mercado de trabalho, uma vez que o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto poderia reduzir em até 10% o atraso escolar da estudante. Outro dado impactante aponta que 1,5 milhão de mulheres não tem banheiro em casa e que essas brasileiras têm renda 73,5% menor em comparação às trabalhadoras com banheiro em casa.
José Mario do Espírito Santo, Diretor de Concessão da BRK Ambiental no Maranhão, destaca que o Dia Mundial da Água é importante para lembrar a todos que a água deve ser usada de forma consciente, e que o acesso a água potável pode transformar a vida de milhares de brasileiros. “No Brasil cerca de 35% da população não tem água tratada. Precisamos transformar a realidade do saneamento para que mais pessoas tenham acesso a saúde, educação e mais qualidade de vida.” afirma.
O estudo revela que o acesso a água e esgoto tiraria imediatamente 635 mil mulheres da pobreza, a maior parte delas negras e jovens, além de injetar 12 bilhões na economia brasileira. O estudo completo pode ser acessado aqui: www.mulheresesaneamento.com.br.