
O médico e aluno de mestrado em Meio Ambiente da Universidade CEUMA, Paulo Xavier de Castro Moreira, desenvolve um estudo no Ambulatório de Ginecologia do Curso de Medicina e no Laboratório de Microbiologia Ambiental da instituição, com o objetivo de avaliar a influência do meio ambiente e dos fatores sociais na candidíase vulvovaginal.
O trabalho de Paulo Xavier é orientado pela Dra. Julliana Ribeiro Alves dos Santos e conta com a colaboração de alunos do Curso de Biomedicina e de outros docentes da Instituição. “A candidíase vulvovaginal é uma infecção da vagina e da vulva que decorre do crescimento anormal de fungos oportunistas. Este tipo de infecção que pode comprometer a saúde da mulher e afetar o seu desempenho social e laboral”, disse o pesquisador.
De acordo com o Paulo Xavier, a análise da pesquisa é considerada uma epidemia silenciosa e problema grave de saúde pública, devido ao alto número de casos que geram altos custos financeiros no tratamento. “Com os resultados da pesquisa a serem obtidos sobre a influência do meio ambiente e sua associação com a doença, espera-se contribuir para minimização dos impactos socioambientais e dos transtornos dessa patologia na vida da mulher”, comentou.
A candidíase vaginal, também chamada de monilíase vaginal, é uma infecção ginecológica provocada pelo fungo Candida albicans. Essa micose é tão comum que 3 em cada 4 mulheres terão pelo menos um episódio de candidíase vaginal ao longo da vida.
A Candida albicans provoca um quadro de inflamação na vagina e na vulva (parte exterior da vagina), motivo pelo qual ela também é conhecida como vulvovaginite por Candida. A inflação genital da candidíase caracteriza-se pelos sinais e sintomas de vermelhidão local, intensa coceira e corrimento vaginal.
A monilíase vaginal pode ser facilmente tratada com mendicamentos antifúngicos, mas algumas mulheres que têm episódios recorrentes de vulvovaginite podem precisar de tratamento prolongado para conseguirem se livrar da infecção.