Idealizado pela primeira-dama Camila Holanda, iniciativa possibilita que crianças de escolas da Prefeitura de São Luís aprendam ballet gratuitamente
Na ponta dos pés, alunos da rede pública municipal de ensino realizam o sonho de aprender os passos delicados e disciplinados do ballet. O programa ‘Dançando e Educando’, da Prefeitura de São Luís, oportuniza a crianças da rede municipal de ensino da capital, o acesso à arte da dança. Neste sábado (12), a ação completa dois anos e segue promovendo a inclusão, a interação social e importantes mudanças na vida destas crianças. Em uma iniciativa da Prefeitura, idealizada pela primeira-dama Camila Holanda e colocada em prática na gestão do prefeito Edivaldo, escolas municipais proporcionam aulas de uma arte a que em geral só famílias de condição socioeconômica privilegiada têm acesso. Mais ainda, o ensino é ministrado por professores de renome como Cléo Júnio, Milliane Moreira e Débora Buhatem.
“O prefeito Edivaldo acreditou neste programa inovador pelo caráter transformador que ele proporciona. Unindo dança e educação, ele ajuda a traçar projetos de vida nunca antes pensados por essas crianças ou por seus familiares. E não há bem maior do que dar a oportunidade para que cada um construa o seu próprio futuro. O resultado disso tudo é constatado não apenas pelos depoimentos orgulhosos dos pais e professores, mas sobretudo por meio do olhar emocionado e cheio de esperanças de cada menino e menina durante as apresentações, aulas, ensaios”, disse a primeira-dama, Camila Holanda.
Camila Holanda ressaltou a ação em democratiza o acesso à arte, promove o resgate da cidadania e estimula a interação e inclusão social. “Esta iniciativa é mais uma possibilidade ofertada aos estudantes da rede pública municipal, fruto da sensibilidade e compromisso da gestão do prefeito Edivaldo. Uma arte que agora está acessível a centenas de meninos e meninas”, enfatiza.
A primeira-dama pontuou que, por meio da ação, os estudantes preenchem o tempo livre e aprendem uma arte que é significativa para a formação da criança enquanto cidadã. “O ballet une arte, disciplina, organização e superação, atributos que contribuem positivamente para a vida”, reforça a primeira-dama. O viéis de inclusão do ‘Dançando e Educando’ é reforçado com a participação no programa de crianças com síndrome de Down, autistas e com deficiência auditiva.
A bailarina profissional e professora do programa, Déborah Buhatem, lembra que foi um desafio o convite para integrar o Dançando e Educando. Todo o trabalho foi desenvolvido pautado na realidade das crianças e o resultado foi o total envolvimento delas, conta a professora. “Vejo hoje, nestes dois anos, crianças preocupadas com a qualidade do que estão se propondo a fazer, talentos que podem evoluir mais à frente e, ainda que não sigam no ballet, possam permanecer na dança ou em outra arte”, avalia. A professora acrescenta que “temos uma equipe excepcional de profissionais do ballet”, que garantiram o êxito e sucesso do programa.
O ballet realizou uma grande transformação na vida dos meninos e meninas, destacou Déborah Buhatem. “Trouxe a eles disciplina, organização, atenção aos compromissos e isso influi positivamente no ambiente social em que vivem – na família, escola e entre amigos. É mais que dança, é consciência corporal e desenvolvimento como cidadão”. A professora destaca ainda o respeito e confiança dos alunos pelo trabalho. “Nesse período, também aprendi muito com as crianças. Estou muito orgulhosa e satisfeita com o avanço do programa e espero que com este aprendizado possa ir bem mais além”, pontua. Integram ainda a equipe de professores no programa os bailarinos profissionais Miliane Moreira e Cléo Junior.
Foi um sonho que vai ser realizado, disse a pequena Sara Vitória Melo, cinco anos, que integra a turma. Para ela, a oportunidade trouxe muitas mudanças em sua vida. “Eu gosto demais das aulas. Venho sempre, certinho, desde o começo. O ballet para mim é um sonho e eu quero ser uma bailarina quando crescer”, disse a menina. Para a mãe, a manicure Francelir de Fátima Melo, 43 anos, não há emoção maior. “Sempre acreditei que ela conseguiria, porque é uma menina muito esperta. Eu soube por uma amiga e inscrevi minha filha. Com o programa, ela ficou mais atenta, mais disciplinada, mais inteligente. Só tenho coisas boas para dizer”, enfatizou.
“Eu aprendi muito e me sinto forte para fazer muitas coisas, e penso em aprender ainda mais no ballet. Não perco as aulas e sempre faço o que nossa professora ensina, porque quero ser uma grande bailarina”, disse Maria Eduarda Araújo, seis anos. A técnica em enfermagem, Maria de Lurdes Araújo, 42 anos, mãe da garota, aponta que o programa desenvolveu bastante algumas habilidades da filha. “Ela gosta, faz questão de estar sempre nas aulas e eu já sinto orgulho demais. Se ela não for uma bailarina no futuro, sei que o que ela aprender aqui levará para a vida”, ressaltou.
Francelir de Fátima Melo e a filha Sara Vitória
DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO
O ‘Dançando e Educando’ reúne cerca de 300 alunos, distribuídos por idade e em dois turnos, terças e quintas-feiras, aos alunos de 4 a 7 anos; e segundas, quartas e sextas-feiras, para 8 a 14 anos.
As turmas têm aulas teóricas e práticas e os alunos participam de seminários e discussões em grupos sobre temas relacionados à formação básica do cidadão como saúde, meio ambiente, valores éticos, políticos e morais, justiça social e outros temas de interesse da arte. As aulas são realizadas em sala especialmente adaptada, na Creche Maria de Jesus Carvalho, bairro Camboa.
No fim do ano passado, as crianças fizeram uma grande apresentação cultural no espetáculo “Para Ler e Dançar” que juntou no palco do teatro do Colégio Dom Bosco dança e literatura. A encenação foi baseada em histórias da literatura infantil universal, como “O Mágico de Oz”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Branca de Neve”, “A Formiguinha que Aprendeu a Dançar”, entre outros contos.
Muito bom esse programa, tem ajudado bastande esses jovens.