Começou nesta segunda-feira, 23, em todo o Brasil, a Campanha Nacional contra o Influenza, vírus da gripe. A mobilização é parte dos esforços do Ministério da Saúde para diminuir a incidência de casos da doença no país, onde, todos os anos, morrem centenas de pessoas vítimas das complicações da patologia. A estimativa da OMS – Organização Mundial de Saúde – é de que a gripe mata mais de 650 mil pessoas por ano ao redor do planeta.
A gripe é uma doença séria. “Além dos sintomas clássicos, como febre alta, nariz entupido, cansaço e dores pelo corpo, a doença também está por trás de complicações e agravamentos, como a pneumonia e até o infarto por insuficiência respiratória”, explica a médica Graziela Medeiros, clínica geral do Hapvida Saúde. Em 2018, os tipos de vírus incluídos na campanha brasileira são o H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Yamagata.
Aí vão 5 dicas para você se proteger e resguardar a saúde de outras pessoas:
1) Veja se você se encaixa em algum grupo de risco
A população que deve procurar os postos de saúde espalhados pelas cidades brasileiras permanece a mesma dos anos anteriores. São pessoas que estão mais vulneráveis aos efeitos e agravamentos dos quadros de gripe, como crianças, idosos e quem sofre com doenças crônicas. Além disso, profissionais que atuam em contato mais frequente com pessoas potencialmente infectadas também são incluídos no grupo de risco, pois esse contato aumenta o risco de transmissão.
- Crianças de 6 meses a 5 anos
- Pessoas com mais de 60 anos
- Gestantes
- Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias
- Profissionais da saúde
- Professores da rede pública e particular
- População indígena
- Portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide
- Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia
- Portadores de trissomias, como as síndromes de Down e de Klinefelter
- Pessoas privadas de liberdade
- Adolescentes internados em instituições socioeducativas, como a Funac.
2) Se não fizer parte do público-alvo, você pode pagar pela vacina contra a gripe
Nesses casos, é possível tomar a vacina numa clínica particular. O preço varia de 100 a 200 reais. Ao contrário da rede pública, que distribui a versão trivalente do imunizante, esses lugares geralmente disponibilizam a tetravalente. A diferença está na presença de um quarto tipo de vírus na composição, o que eleva o nível de proteção. Além das cepas H1N1, H3N2 e do tipo B Yamagata, ele resguarda contra o tipo B Victoria.
3) Melhore a sua imunidade
Tome ou não a vacina, é sempre bom reforçar a sua imunidade com alimentação adequada e bons hábitos de vida. “Tenha sempre em casa frutas e outros alimentos naturalmente ricos em vitaminas C, que fortalecem o sistema imunológico, como acerola, laranja e tangerina, por exemplo”, indica a especialista Aléssia Palhano. Quanto menos embalagens você abrir e mais consumir alimentos naturais, melhor será para a sua saúde, em vários aspectos.
4) Evite aglomerações
Lugares fechados e cheios de gente são ambientes em que mais se transmite todo tipo de vírus. No período chuvoso, como muita gente prefere esses locais para se proteger das constantes mudanças de tempo, a transmissão se torna ainda mais comum. Por isso, caso você precise estar em um lugar com essas características, que seja por pouco tempo. Se adoecer, melhor ficar em casa, de repouso, o que demonstra respeito à saúde dos seus colegas e parentes.
5) Cuidado com a higiene
Se resfriar ou gripar, redobre os cuidados com a sua higiene pessoal, ao manusear objetos como copos, talheres e outros utensílios que outras pessoas também possam usar. “O vírus da gripe pode ser transmitido no ar, mas age de modo mais rápido em meios com saliva contaminada”, explica a médica. Em resumo: laves sempre as mãos, proteja o nariz ao espirrar e não divida objetos pessoais com mais ninguém, em especial, com crianças.