Na produção são abordados temas como relacionamentos, drogas e gravidez; filmagens ocorreram na escola e foram finalizadas em janeiro deste ano
Paqueras, namoros, gravidez na adolescência, drogas e outras situações do dia a dia dos jovens foram retratadas no filme “Escola da Aplicação”, produzido pelo professor de Arte Zilson Costa e os estudantes do 9º ano da Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Major José Augusto Mochel, localizada no Maracanã. A produção foi exibida na tarde desta quinta-feira (12), na Livraria e Espaço Cultura AMEI. O espaço da Associação Maranhense de Escritores Independentes tem o apoio da Prefeitura de São Luís e está instalado no São Luís Shopping.
Em aproximadamente três meses – entre novembro de 2017 e janeiro deste ano – os estudantes estiveram envolvidos na produção das cenas e trilha sonora do filme. As imagens foram gravadas pelo professor Zilson Costa, que também é o autor do roteiro e fez a edição final do filme, com duração de 50 minutos. A trama tem como ambiente a própria sala de aula do 9º ano, o pátio, diretoria e outros locais da escola.
O secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, parabeniza a iniciativa do professor de Arte da U.E.B. Augusto Mochel, ao envolver seus alunos na discussão de temas tão importantes no contexto atual, mas de uma forma lúdica. “A educação integral, que é prerrogativa da gestão do prefeito Edivaldo, deve garantir o desenvolvimento do estudante como sujeito de direitos, em todos as suas dimensões, intelectual, física, emocional, social e cultural. A escola está de parabéns por mais este grande projeto realizado”, destaca Moacir Feitosa.
Zilson Costa conta que as imagens foram feitas principalmente durante o recreio dos estudantes e no último horário, por ser este, o mais tranquilo para as filmagens. A produção reúne 15 estudantes que são os protagonistas, além de alguns professores, do diretor e demais estudantes do 9º ano que atuaram como coadjuvantes. O professor informa ainda que as oito músicas que compõem a trilha sonora do filme são de autoria de cinco estudantes, também do 9º ano.
As letras das músicas, assim como o filme, falam de amizade, respeito e amor ao próximo, namoro, gravidez na adolescência, entre outros tópicos relativos à juventude. O professor Zilson diz que a ideia era construir episódios anuais dentro da escola, que retratassem temas para a juventude. “Em 2016 fizemos um primeiro ensaio, resultando num filme de 18 minutos. Agora, no final de 2017, planejamos, junto com os alunos, uma série de situações típicas do cotidiano escolar, o que resultou num filme de 50 minutos, que trouxe mais integração, respeito, carinho e amizade entre todos nós”, assinala Zilson Costa.
Leusiane da Silva Veras, 15 anos, é uma das atrizes do filme “Escola da Aplicação” e também compositora de algumas músicas que fizeram parte da trilha sonora. “Estou muito feliz, aproveitando ao máximo esse momento, para ver o produto final das nossas gravações, que resultou nesse filme muito educativo e divertido”, diz a jovem.
O estudante Matheus Silva Serpa, também 15 anos, é um dos atores principais do filme. “A produção do filme nos deixou ainda mais próximos, professores e alunos. Estou muito feliz em relembrar tudo o que vivemos e construímos juntos. Hoje, estou mais focado nos estudos, e deixo sempre as brincadeiras pra depois”, conta Matheus.
O professor de Matemática das séries finais do Ensino Fundamental na U.E.B. Augusto Mochel, Geraldo Varela, afirma que projetos como este, de produção de vídeos, fortalecem a relação entre professores e alunos. “Estamos mais unidos, pois na convivência aprendemos mais a linguagem dos jovens, e isso é muito bom. Também ganhamos mais respeito e credibilidade”, assegura Geraldo Varela.
Carlos Augusto Alves Bezerra, hoje gestor da U.E.B. 21 de Abril, também é protagonista do filme, pois era gestor na Augusto Mochel até o final de 2017. “É um grande aprendizado para todos nós. Para os estudantes, melhora a autoestima deles e a relação com os professores”, destaca Carlos Augusto. “Estou muito emocionada em ver o fruto do trabalho de professores e alunos, principalmente porque esta produção partiu da nossa escola”, assinala a professora Ângela Dutra, atual gestora da Augusto Mochel.