Um projeto realizado pela Polícia Civil do Maranhão em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial Álcool, a Secretaria de Assistência Social (Caps AD Estadual), SENAI e Universidade Ceuma, que visa tirar pessoas com dependência química em situação de rua e levando-as a buscar tratamento, estudo e trabalho, foi realizada na quinta-feira, na Praça Deodoro. Durante a ação foram resgatados de 10 usuários de crack e realizados 265 atendimentos entre glicemia, aferição de pressão arterial, exames laboratoriais, avaliação clínica médica e psiquiatria e atendimentos de enfermagem.
A Ação realizada pelo projeto de resgate a dependentes químicos em São Luís só este ano. “Realizar a internação de 10 pessoas em situação de rua que estavam a anos a margem da sociedade e agora através da secretaria de estado da saúde irão modificar suas vidas no CAPS. Infelizmente, cerca de 20% a 30% não concluí o tratamento, por isso, que é importante a ações de fazemos todos os anos”, comentou o diretor do CAPS, Marcelo Soares.
Para o Marcelo Soares é essência fortalecer a assistência aos pacientes e, também, criar oportunidades de reinserção no mercado de trabalho. “Nós fizemos uma parceria com o Senac e Universidade Ceuma para que fossem oferecidos cursos profissionalizantes para nosso pacientes, como forma de oferecer um futuro para eles, e atendimentos de saúde”, comentou.
O delegado Joviano Furtado destacou a importância deste projeto. “Essa é a 10ª ação em grande escala dependência química em situação de rua que realizamos em São Luís. Queremos ressaltar que os dependentes são convidados a fazerem o tratamento. Muitos deles moram na rua em situação degradante e após o tratamento retornam a sociedade em condições dignas”, destacou.
Além da assistência em saúde e encaminhamento para tratamento, durante a operação, os moradores também podem tirar documentos, que facilitam o acesso a serviços e ajudam na localização de entes familiares, com o apoio da equipe da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas).
A coordenadora dos estagiários de psicóloga da Universidade Ceuma, Alexandra Avelar Tavares, ressaltou a importância do apoio familiar na recuperação desses pacientes. “Na Unidade de Acolhimento, eles ficam internados por 30 dias, mas depois vem a fase de readaptação à vida social e, nesse ponto, a família é essencial. Nós fazemos todo esse suporte, orientamos como a família deve tratar e proceder com aquele paciente. E os nossos alunos, contribuem nesse trabalho social e ainda ganham campo de estágio”, explicou.