O acusado de ser um dos mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, o agiota Gláucio Alencar, desde o último sábado, passou para o regime de prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico (tornozeleira), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com isso, permanecem atrás das grandes apenas José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, acusado de ser um dos mandantes, e o matador Jhonathan Silva.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) explica que a decisão pela soltura do acusado foi do ministro Ribeiro Dantas, que transferiu Gláucio Alencar para prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico (tornozeleira), por julgar inadequada a aplicação do regime disciplinar diferenciado (isolamento), sem que o mesmo tenha cometido infração no sistema prisional.
Segundo informações da Seap, o Estado justificou que a separação do acusado havia sido mantida, até o momento, em cumprimento ao Art. 84 da Lei de Execuções Penais (LEP), que exige a segregação de internos que tenham sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais.
Entenda o caso
Na noite do dia 23 de abril de 2012, o jornalista Aldenísio Décio Leite de Sá, mais conhecido por Décio Sá, estava no bar e restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, em São Luís, quando foi abordado e morto por Jhonathan Silva com seis tiros de pistola. A sua execução teria sido agenciada por José Raimundo Sales Chaves Júnior (Júnior Bolinha) que, por sua vez, teria recebido ordens dos empresários Gláucio Alencar e do seu pai José Miranda, pois o jornalista teria descoberto um esquema de agiotagem envolvendo ambos.
Doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), pronunciadas pelo juiz Osmar Gomes a serem interrogadas em júri popular, que são: Jhonathan Silva, Marcos Bruno, o seu ex-cunhado, Shirliano Graciano de Oliveira, José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Bochecha”, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho e os policiais Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros.