Câncer colorretal: aumenta incidência entre jovens

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Entre os motivos para o desenvolvimento da doença estão obesidade e estilo de vida sedentário

O coloproctologista Flávio Roberto Santos e Silva fala sobre câncer colorretal

O número de casos de tumor colorretal, ou seja, de intestino grosso e reto, está aumentando entre adultos jovens e de meia-idade, principalmente o cancro no reto, antes mais comum entre idosos. De cada dez pacientes diagnosticados com essa doença, três têm menos de 55 anos. Entre os motivos, estão obesidade e estilo de vida sedentário, que fazem com que especialistas sugiram a antecipação da recomendação para exames de detecção dos tumores.

Segundo o médico coloproctologista Flávio Roberto Santos e Silva, que em São Luís atende no Hospital de Clínicas Integradas (HCI), Clínica Gastrocentro e Hospital Aldenora Bello, o câncer colorretal é evitável, pois tem origem, na maioria das vezes, em pequenas lesões chamadas de pólipos, os quais podem ser identificados em exames de colonoscopia e retirados. O tratamento pode ser feito apenas com cirurgia transanal, o que traz melhor recuperação.

“É muito importante destacar que o tratamento e o acompanhamento de pacientes com câncer colorretal devem ser multidisciplinares, pois a doença pode trazer várias consequências à imagem corporal, como a presença de colostomias e abalos psicológicos e sexuais. Mas é perfeitamente possível vencer o câncer de intestino”, afirma.

 Alerta – O coloproctologista faz um alerta com relação às doenças sexualmente transmissíveis. Ele diz que se deve levar em consideração o HPV, pois é um vírus que pode ter relação com o câncer de canal anal, se não tratado e acompanhado adequadamente. “A doença é facilmente controlada e tratada com medidas educacionais, vacina e uso de preservativos”, garante.

Dentre os desafios nessa área, de acordo com Flávio Roberto Santos e Silva, está a prevenção com exames de rotina, como a colonoscopia, bem como sua desmistificação, o incentivo ao tratamento multidisciplinar do câncer de intestino e o tratamento do paciente de forma individualizada.

A colonoscopia, segundo o médico, é o exame padrão para a detecção de pólipos e de câncer no intestino. Hoje, a recomendação para pessoas com risco médio é que esse exame seja realizado aos 50 anos de idade, e repetido a cada dez anos. Frente às evidências de que pessoas cada vez mais jovens estão desenvolvendo tumores, a sugestão do médico é que cada caso seja avaliado individualmente.

Fonte: Jornal O Estado do MA

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