Um acordo judicial firmado ontem entre o Governo do Estado e a comunidade da Autora estabeleceu prazo até dezembro deste ano para o funcionamento de uma unidade de ressocialização da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac). O acerto com os populares marcou o recuo da gestão comunista no episódio que ficou conhecido como “aluguel camarada” de um prédio pertencente a um engenheiro que além de ser servidor comissionado da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), é filiado ao PCdoB, mesmo partido do governador Flávio Dino.
As informações sobre a propriedade do imóvel foram divulgadas em primeira mão por este blog no último dia 4 (recorde) e desde então o caso ganhou ampla repercussão, com ares de escândalos e marcado por versões oficiais desmentidas dia após dia.
Além de remover a unidade da Funac da Autora, o governo atendeu uma série de reivindicações que vinham sendo feitas pela comunidade, como a instalação de um posto policial para operar 24 horas no bairro e de uma companhia de policiamento no Anil. Outra benfeitoria anunciada foi a reforma da quadra esportiva, que será coberta e receberá equipamentos de ginástica.
O recuo comunista confirma o que havia dado a entender o governador Flávio Dino no auge da polêmica, quando postou nas redes sociais que “se houvesse qualquer dúvida jurídica, a lei seria aplicada”.
O acordo judicial foi uma prova de que a mobilização popular pode fazer frente a atos de um governo até então habituado a se impor pela tirania. E deve ter sido assinado a contragosto pelos palacianos.