De janeiro a junho deste ano, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e a Unidade de Acolhimento Transitó- rio/Unidade de Internação (UAT), na Cohab, registraram 3.550 atendimentos. O tratamento ofertado pelo Estado é voluntário e tem registrado aumento na procura em relação aos anos anteriores.
Segundo o diretor do CAPS AD estadual, o médico Marcelo Costa, o número expressivo de atendimentos chama mais a atenção por se tratar apenas de São Luís. Ainda de acordo com ele, há uma estimativa de que existem cerca de 10 mil usuários de drogas em São Luís e a demanda tem sido cada vez maior nas unidades assistenciais.
Conforme Marcelo Costa, a procura por tratamento vinha aumentando, em média, de 2,5% a 3%, anualmente. Neste ano, já foi percebido um aumento de 7,9% na busca pelo CAPS AD e a UAT.
Tratamento
O CAPS AD oferece tratamento diário à população com transtornos decorrentes do abuso e dependência de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas). O centro oferta tratamento dentro das diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde, que tem por base o tratamento de pacientes em liberdade, buscando sua reinserção social.
No momento em que chegam ao CAPS, os usuários passam pelo aconselhamento, recebem alimentação e higienização além de avaliação psicológica. Os usuários que se dispuserem a se internar e não tiverem familiares na cidade são encaminhados para a UAT. Se houver condições de fazer o tratamento apenas no CAPS, a família do paciente é contatada para apoiar o tratamento.
Ação
Buscando aumentar ainda mais o número de assistidos pelo Estado, várias ações são realizadas na Semana Nacional de Combate às Drogas. Uma delas aconteceu ontem, em frente à Biblioteca Benedito Leite, no Centro, por meio de parceria entre o CAPS estadual e o delegado Joviano Furtado, do 1º Distrito Policial.
Foram ofertados serviços gratuitos de saúde como aferição de pressão arterial e testes de glicemia. “O nosso objetivo aqui é primeiramente aproximar o serviço da comunidade. Muita gente nem sabe que existe um local para tratamento dos usuários. Tem famílias que veem a ação e ficam curiosas. Então, aproveitamos para fazer também a triagem desse público, identificando possíveis usuários entre eles ou familiares deles”, explicou Marcelo Costa.
Ainda de acordo com o diretor do CAPS, os pacientes do centro são oriundos de outros municípios mento do paciente em liberdade, buscando sua reinserção social. No momento em que chegam ao CAPS, os usuários passam pelo aconselhamento, recebem alimentação e higienização além de avaliação psicológica. Os usuários que se dispuserem a se internar e não tiverem familiares na cidade são encaminhados para a UAT. Se houver condições de fazer o tratamento apenas no CAPS, a família do paciente é contatada para apoiar o tratamento. E de bairros mais distantes do Monte Castelo, onde fica localizado o CAPS AD de São Luís. A busca pelo tratamento também é maior por parte dos usuários do sexo masculino. “A mulher tem mais vergonha, tem filhos e não tem com quem deixar, o que acaba atrapalhando o tratamento”, destacou.
As ações da Semana Nacional continuam em outros pontos da cidade. Amanhã, por exemplo, será ministrada uma palestra sobre drogas no CE Jornalista João Francisco Lisboa, antigo Cegel.
Saiba Mais
SAIBA MAIS
São objetivos da Semana Nacional de Combate às Drogas:
I – veicular informação sobre os riscos do uso de drogas lícitas e ilícitas;
II – promover discussões a respeito dos pressupostos e objetivos da Política Nacional Sobre Drogas;
III – difundir boas práticas tendentes à redução da oferta, da demanda e dos danos relacionados ao consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como as relativas ao tratamento e recuperação dos usuários;
IV- conscientizar a comunidade acerca dos prejuízos e custos sociais representados pelo uso de drogas lícitas e ilícitas;
V- divulgar iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso de drogas lícitas e ilícitas;
VI – acolher e encaminhar os usuários para tratamento e recuperação, priorizando sua reinserção psicossocial e ocupacional;
VII – orientar a população sobre as infrações penais relacionadas às drogas lícitas e ilícitas;
VIII – apregoar a lógica da convivência saudável em atividades que elevem a autoestima das crianças e jovens, afastando-os do contato com as drogas lícitas e ilícitas;
IX – estimular a criação de redes de solidariedade, que rejeitem os preconceitos contra os usuários e propiciem proteção mútua, pela responsabilidade compartilhada entre as pessoas;
X – fortalecer os laços comunitários a fim de reduzir a possibilidade de submissão dos cidadãos pelo narcotráfico.
Transacrido do Jornal O Estado do Maranhão