A Prefeitura de São Luís intensifica ações de combate à dengue, à febre chikungunya e zika vírus. As medidas nas área da saúde também foram reforçadas com a implantação de duas unidades Sentinelas, instaladas na Unidade Mista do Bequimão e no Hospital da Criança, que tem a função de coletar e notificar casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
As Unidades Sentinelas contam com equipes treinadas para acompanhar as notificações e, nos casos de dengue e febre Chikungunya, realizam a coleta de sangue para detectar o antígeno NS1, uma glicoproteína que aparece em altas concentrações no soro de pacientes infectados pelo vírus, logo após os sintomas da doença terem surgido. O material coletado é analisado no Laboratório Central do Município, nos casos de testagem para dengue, e a sorologia para chikungunya é feita no Instituto Evandro Chagas (PA).
CAPACITAÇÃO
A Prefeitura também investe em capacitação dos profissionais de saúde. No próximo 1º de dezembro será realizada uma capacitação para médicos e enfermeiros da rede municipal de saúde sobre o manejo clínico do paciente com Chikungunya. A capacitação, em razão do registro de três casos confirmados da doença, em outubro deste ano, será ainda mais aprofundando do que o treinamento realizado no ano passado.
“Ano passado não tivemos casos, por isso preparamos a equipe para possíveis confirmações. Hoje já temos o registro. É preciso que a equipe esteja ainda melhor preparada para atender esses pacientes”, destaca Maria do Socorro da Silva, que compõe a equipe da Secretaria Municipal de Saúde da área de Vigilância Epidemiológica.
PREVENÇÃO
A população também tem um papel importante na eliminação de criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d’água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas.
Como parte do trabalho de controle da doença também são realizadas ações de educação e saúde. A população aprende como eliminar possíveis criadouros do mosquito. “Se a população, juntamente com o poder público trabalharem juntos vamos conseguir barrar essas doenças”, orienta Maria do Socorro.
Cada caso de paciente suspeito de chikungunya gera uma visita do Agente de Saúde. Os profissionais realizam um bloqueio de 500 metros ao redor do caso suspeito para que possam identificar possíveis focos do mosquito. Outra ação da Prefeitura é a realização de medidas de controle por meio do Carro Fumacê neste locais.
CASOS
Dos 26 casos suspeitos de febre chikungunya na capital, três foram confirmados, por critério laboratorial, no final do mês de outubro. “As doenças que eram consideradas sazonais, agora acontecem durante todo o ano, o que aumenta o alerta no sentido de manter o controle”, observa Maria do Socorro da Silva.
CHIKUNGUNYA
Febre chikungunya, segundo o Ministério da Saúde, é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O nome da doença significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.