Após as cenas lastimáveis vistas na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no último domingo, tenho a certeza que protesto deve ter limites. Não defendo a intolerância, nem religiosa nem de orientação sexual, mas acho que se queria seria mais interessante aquela pessoa se fantasiar de Maomé e mandar ver contra o Islã. Com certeza chamaria muito mais atenção, que era sua real intenção.
Ofender cristão é fácil, pois são pessoas pacifistas, que pregam a paz e cultivam o perdão no coração, como Jesus difundiu em suas peregrinações. O mesmo o Nazareno, que aquela pessoa, que recuso falar o nome, para não dar mais notoriedade a ela e simplesmente para não ser processado, pois no Brasil, achincalhar a religião dos outros pode, mas reclamar dos excessos dos LGBT é crime inafiançável.
Entretanto, por que eles não direcionaram o protesto para o grupo fundamentalista Estado Islâmico, que no dia 3 deste mês divulgou pela internet imagens de execuções sumárias, na Síria, de acusados de homossexualismo. Aparecem três jovens torturados e jogados do alto de um prédio diante de multidão formada inclusive por crianças.
Além da execução, os militantes do grupo jihadista, fardados e com fuzis e metralhadoras, incentivam as pessoas a apedrejar os corpos. As imagens, que teriam sido feitas na cidade de Mossul, foram postadas na internet sob o título “Em nome de Deus, o Misericordioso”.
As execuções sumárias passaram a ser rotina em Mossul e cidades vizinhas desde que o Estado Islâmico assumiu o controle da região. No mês passado, pelo menos 400 soldados sírios foram executados, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. E no dia 1º deste mês, uma mulher acusada de adultério foi apedrejada até a morte.
É por isso que digo que se estas pessoas queriam alcançar os 30 minutos de fama, conseguiram, mas o impacto poderia ser bem maior se tivessem mudado o foco da agressão religiosa. Até mesmo, porque os verdadeiros cristãos, mesmo chocados e ofendidos, já devem ter perdoado essas pessoas, porque como disse Jesus: “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34). Mas o Estado Islâmico não perdoa…