Os vigilantes que trabalham em empresas de segurança privada que prestam serviço a diversos órgãos e secretarias de Estado iniciarão greve geral e montarão acampamento por tempo indeterminado, a partir de amanhã, na área da Praça Pedro II em frente ao Palácios dos Leões. Eles protestarão contra a falta de repasse do governo às terceirizadas, que alegam que sem o dinheiro não têm como pagar os salários dos trabalhadores.

Em nota publicada em seu site e retransmitida por emissoras do rádio, o Sindicato dos Vigilantes do Maranhão (Sindvig-MA) convoca toda a categoria a participar do protesto em frente à sede do Governo do Estado e residência oficial do governador, que segundo a entidade, obteve o apoio da classe quando candidato, mas não vem correspondendo às expectativas.

De acordo com o presidente do Sindvig-MA, José Benedito Raposo, os vigilantes lotados nas secretarias de Estado de Educação, Segurança e Cultura são os que mais sofrem com o atraso salarial. Na Caema, a situação dos trabalhadores também é crítica.

Em um trecho de um ofício encaminhado diretamente ao governador, depois de diversas reuniões infrutíferas nas secretarias e órgãos do Estado, o sindicato relembra a confiança depositada no então candidato Flávio Dino. “Pois bem, passados esses meses de governo, temos feito um périplo pelas secretarias, principalmente a Seduc, a SSP e a Cultura, e em empresas estatais como a Caema, e os problemas de atrasos salariais continuam”, assinala a entidade no ofício, recebido pelo comunista no último dia 7, conforme atestam carimbo e assinatura no canto superior direito do documento.

Sem qualquer perspectiva de ver sua demanda atendida e descrentes nas promessas feitas durante as reuniões, os vigilantes decidiram, em assembleia geral, montar o acampamento em frente ao Palácio dos Leões “até que a situação dos atrasos salarial seja resolvida em definitivo”.