O presidente do Democratas em São Luís, Ricardo Guterres, defendeu a divisão equilibrada da nova estrutura partidária a ser criada no Maranhão em caso de fusão com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Guterres garante que o Diretório Regional do DEM não permanecerá estático em meio às discussões que precedem uma possível unificação com a sigla petebista, em discussão no plano nacional.
O dirigente diz acreditar que a fusão, caso aconteça, não se concretizará no curto prazo – anteontem, a Executiva Nacional do DEM decidiu, por 21 votos a quatro, dar encaminhamento à unificação, enquanto a bancada do PTB no Congresso Nacional rejeitou a união imediata das duas siglas. Para Guterres, antes de um possível enlace, é preciso discutir a nova configuração partidária.
Sobre a fusão no Maranhão, ele não vê empecilho, mas faz uma ressalva: a de que é preciso mapear os diretórios municipais, assim como a composição dos diretórios regionais do DEM e do PTB, para que seja feita uma divisão igualitária, de modo a favorecer o êxito nas eleições de 2016 e fortalecer a nova sigla. “DEM e PTB são partidos irmãos no Maranhão e não vejo dificuldades nessa articulação”, destaca.
São Luís
Outro ponto a ser discutido, segundo Guterres, é o comando do Diretório Municipal de São Luís. Ele ressalta que o DEM tem dois minutos no horário eleitoral gratuito e cita o projeto independente que está sendo elaborado para a capital maranhense, que prioriza os interesses da população e que será mostrado na propaganda política do partido, em maio. “Temos que chegar a um entendimento que beneficie os dois lados, respeitando os conteúdos ideológicos de cada partido”, pondera.
Desfiliação
Quanto aos parlamentares que já ensaiam uma possível desfiliação do DEM na janela a ser aberta com a fusão com o PTB, Guterres diz que não há motivo para esperar a unificação. Ele observa que todos os filiados têm participação nas decisões do partido e recomenda aos que não estão se sentindo à vontade que procurem a Executiva Estadual, que está aberta a negociar a saída.
O dirigente menciona o caso do deputado estadual Max Barros, que deixou o DEM, mas mantém até hoje uma relação de amizade com o partido e com sua direção. “Não somos um partido de intransigentes. Só permanece quem se sentir à vontade”, adverte.