O presidente do Democratas em São Luís, Ricardo Guterres, já trabalha para definir a participação do partido na eleição de 2016 na capital. A intenção do dirigente é garantir a reestruturação e o fortalecimento da sigla. Segundo ele, uma coisa é certa: o DEM não irá mais a reboque de nenhum outro projeto político e trilhará o seu próprio caminho, com isenção e autonomia.
Seguindo essa diretriz, o partido já estuda algumas composições. Uma das possibilidades é uma aliança com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), que ano que vem tentará a reeleição e precisa de apoio para fortalecer seu palanque. “Já conversamos e acho viável uma aliança com o prefeito. Os contatos continuam e podem, sim, evoluir para uma composição”, afirmou Guterres.
Por outro lado, a sigla democrata não descarta outras adesões. Aberto às articulações, o presidente do partido na capital compareceu, no último dia 27, ao aniversário da deputada federal Eliziane Gama (PPS), que mantém firme o seu propósito de disputar a sucessão municipal em São Luís e já fez alguns acenos para o DEM. “Fomos levar nosso abraço à deputada, que é um nome forte para eleição de prefeito na capital”, disse. “Se ela demonstra interesse de incluir nosso partido em seu projeto político, estamos dispostos a conversar”, garantiu.
Com quase dois minutos de tempo na propaganda eleitoral, o DEM é um aliado importante e já foi alvo do assédio de diferentes grupos políticos em eleições passadas. Em 2011, o então prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), assediou fortemente a Executiva Nacional do partido com a intenção de assumir o controle da legenda no Maranhão e fortalecer o seu palanque. As investidas do tucano não vingaram e, enfraquecido também pela debandada de siglas que antes lhe davam sustentação, acabou não se reelegendo.
O DEM mantém o seu peso e tem tudo para voltar a ser protagonista no cenário político local. Ricardo Guterres conhece bem o potencial do partido e está mais do que certo ao decretar a independência da agremiação.