Praticamente 90% dos governadores que tomaram posse no dia 1º de janeiro anunciaram medidas restritivas e de enxugamento da máquina, como forma de fazer caixa ou controlar os gastos nos primeiros meses de gestão. Alguns chegaram mesmo a cortar benefícios do funcionalismo, suspender concursos e congelar pagamentos aos fornecedores por seis meses.
Mas, no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) fez o movimento contrário: além de aumentar o número de secretários, criando mais duas pastas, ele decretou a convocação de 1 mil concursados da PM e dos Bombeiros e criou o programa “Mais Bolsa Família Escola”, que vai distribuir recursos a famílias carentes para a compra do material escolar. Mas o que isso significa na prática? Significa que, a despeito das tentativas do próprio Flávio Dino e de seus aliados de desqualificar as contas do governo Roseana Sarney, o governador admite, com suas ações, que o Maranhão tem caixa suficiente para bancar suas primeiras medidas. E tem mesmo.
Roseana e Arnaldo Melo deixaram um caixa de pelo menos R$ 2 bilhões para Flávio Dino; o funcionalismo público está em dia, atingindo menos de 40% da receita líquida, as contas estão equacionadas, com todos os fornecedores e convênios pagos. Além disso, as dívidas do Maranhão estão equacionadas, com saldo garantido para pagamento.
Em outras palavras, graças ao controle fiscal do governo anterior, o novo governo tem lenha para queimar durante todo o ano de 2015; isso sem falar nos convênios já garantidos e assegurados com o Governo Federal.
Flávio Dino certamente não irá admitir isso publicamente. Mas suas ações e seus gestos públicos mostram, já nestes primeiros dias de governo, que ele foi um dos poucos governadores a receber um estado com as contas em dia, pronto para seguir em frente. E agora só depende dele.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão
Muito bem. Por que, então, a própria Governadora Roseana não nomeou os 1000 concursados à época? Aporveitando a oportunidade, por que a mirante não realizará o festival carnavalesco deste ano? Não tem verba?